Saber o que causa convulsão, entender as características e quais são as melhores estratégias medicamentosas é essencial para lidar com essa situação de forma adequada.
Além disso, saber como proceder quando uma pessoa está convulsionando, seja nos ambientes públicos, seja no entorno familiar, ajuda a evitar erros durante as ocorrências.
Quer entender mais sobre o que causa convulsão? Então acompanhe as informações que daremos neste post!
Principais Tópicos Deste Artigo
Quais são as causas da convulsão?
Os fatores que contribuem para o aparecimento de episódios convulsivos são diversos. Além disso, as causas podem ser internas, resultando de patologias, ou externas, em função de acidentes ou traumas mecânicos na região da cabeça.
Meningite
A meningite é uma doença inflamatória das meninges que provoca um desequilíbrio da bioquímica neuronal e pode desencadear episódios de convulsão nos pacientes, caracterizada pelo contorcimento dos membros superiores e inferiores.
Quando causada por bactérias, a meningite tende a ser mais grave, intensificando diversos sintomas, dentre eles a convulsão. Quando resultante de infecção por vírus, em geral as manifestações são mais brandas.
Febre alta em crianças pequenas
Apesar de ser um fenômeno raro, é possível que crianças menores de 5 anos tenham episódios convulsivos decorrentes de febre muito alta. Essa situação acontece devido à ativação de outras regiões cerebrais, além do centro da temperatura, que se desregula com esse tipo de febre.
Nessas situações é fundamental buscar ajuda médica, principalmente se as crises convulsivas forem recorrentes após uma febre alta, para tentar descobrir se existe algum outro fator causal subjacente.
Traumas cranianos
Qualquer pancada forte na cabeça pode desencadear uma convulsão, a depender da intensidade, dos fatores biológicos do indivíduo, do contexto e do uso prévio de medicamentos e outras substâncias, como drogas ilícitas, por exemplo.
Sendo assim, é importante observar qualquer reação do indivíduo após um trauma craniano e buscar ajuda imediata após a convulsão ou em casos de sangramento, vômitos persistentes, perda de consciência, entre outros.
Quais são os tratamentos da convulsão?
Para entender o que causa convulsão é importante ressaltar que a convulsão é um sintoma relacionado à hiperexcitabilidade dos neurônios, que se propaga simultaneamente. Então o tratamento do episódio convulsivo dependerá da avaliação do problema que o causou.
Isso significa que a estratégia medicamentosa pode envolver desde o uso de antiepilépticos, para reduzir a frequência das crises em decorrência de uma doença ou até mesmo não utilizar nenhum medicamento.
Qual é a diferença entre convulsão e epilepsia?
Enquanto a convulsão é um sintoma, a epilepsia é o diagnóstico de uma doença em que a pessoa apresenta episódios convulsivos de diversas formas, frequências e intensidades.
A convulsão, como é classicamente conhecida, envolve o contorcimento dos membros e salivação excessiva com duração de poucos minutos, em que posteriormente o indivíduo, na maioria das vezes, retorna ao estado normal.
Mas existem também convulsões em que o indivíduo fica estático e fixa os olhos em um lugar, sem perceber os estímulos ao seu redor, porém os membros não estão se debatendo ou contorcendo. Assim, a manifestação clínica depende da área do cérebro afetada e pode assumir várias formas.
Entender o que causa convulsão, bem como suas consequências, é essencial para saber como lidar com esse problema e identificar quais situações representam emergências médicas.
Ademais, o conhecimento do quadro facilitará a intervenção farmacológica adequada pelo neurologista responsável.
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Dr. Matheus Trilico é neurologista referência no diagnóstico e acompanhamento de TEA e TDAH em adultos. Formado em medicina pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA) e com residência em Neurologia pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR) e mestre também pela UFPR. Além de atuar como neurologista em consultório privado e no Sistema Único de Saúde (SUS), realiza também atividades acadêmicas. Dr. Matheus Trilico acredita que o ser humano precisa conhecer bem sua saúde e, por isso, transmite as informações sobre o quadro clínico de forma clara e didática, reafirmando seu compromisso com a exímia relação médico-paciente. Amante da tecnologia, busca utilizá-la para agregar conhecimento e facilitar a vida dos pacientes, mas sem perder seu foco: o humanismo e a qualidade do atendimento médico.
CRM 35.805/PR – RQE 24.818