Cefaleias – termo médico para dor de cabeça – são umas das principais causas de procura pelo neurologista. Cerca de 50% da população geral tem cefaleia durante um determinado ano e mais de 90% refere história de cefaleia durante a vida.
Assim, é preciso saber diferenciar os principais tipos de dores de cabeça e entender quando procurar atendimento médico.
Principais Tópicos Deste Artigo
Classificação
Cefaleia Primária
É quando não há um problema estrutural ou anatômico causando a dor (tumores, aneurismas, sangramentos…). A grande maioria das dores de cabeça se enquadram aqui e dentre as principais estão: cefaleia tensional, enxaqueca, trigêmino-autonômicas, relacionada à tosse, ao exercício e outras.
Cefaleia Secundária
São aquelas que surgem devido a (secundariamente) outras causas como tumores, aneurismas, processos inflamatórios e infecciosos, sinusites, hidrocefalias e outros. Geralmente estão relacionadas à maior gravidade.
O que devo fazer?
E agora, qual cefaleia tenho? Existem mais 150 tipos de cefaleias! Entender as características dos mais comuns e saber descrevê-las ajuda o seu médico a prescrever o melhor tratamento. O diagnóstico correto e o tratamento precoce melhoram a qualidade de vida do paciente! Agende uma consulta com seu neurologista.
Bandeira Vermelha!
Os “red flags” ou “sinais de alarme” devem alertar para gravidade!
Quais são os sinais de alarme?
Os principais sinais de alarme de uma cefaleia secundária estão características da dor de cabeça e em outros sinais e sintomas que ocorrem ao mesmo tempo. São exemplos os seguintes:
- Primeira crise, dor com início repentino, abrupto, sem febre, caracterizadas como “a pior dor da vida”;
- Mudança no padrão de dores de cabeça – nos pacientes que apresentam cefaleia recorrentes, há um histórico de dor de cabeça anterior, mas com alteração na frequência da crise, gravidade ou características clínicas;
- Dor de cabeça começando em idades incomuns: menores de 5 anos, e maiores de 50 anos de idade;
- Sintomas sistêmicos (febre, perda de peso) ou fatores de risco secundários (HIV, câncer gravidez);
- Início da dor de cabeça associadas a síncope, esforços, atividade sexual ou manobras de Valsava;
- Cefaleia que acorda o paciente;
- Sintomas neurológicos ou sinais anormais (confusão, deterioração do estado de alerta ou consciência, alterações do exame neurológico)
Esses são apenas alguns exemplos! Lembre-se sempre de consultar o seu médico.
Referências:
- Garza I et al. Headache and Other Craniofacial Pain. In: Jankovic J et al. Bradley’s Neurology in Clinical Practice, 7th edition. Elsevier 2016; 1686-1719.
- Headache Classification Committee of the International Headache Society (IHS). The international classification of headache disorders, 3rd edition. Cephalalgia 2018, 38(1): 1-211.
- PROTOCOLO NACIONAL PARA DIAGNÓSTICO E MANEJO DAS CEFALEIAS NAS UNIDADES DE URGÊNCIA DO BRASIL – 2018. Academia Brasileira de Neurologia – Departamento Científico de Cefaleia. Sociedade Brasileira de Cefaleia.