Saber se a enxaqueca tem cura pode ser um alívio para muitos que sofrem com essa dor constante que afeta o humor, a disposição para realizar atividades domésticas e profissionais, entre outros prejuízos.
Novos estudos em medicina e farmacologia vêm trazendo possibilidades terapêuticas e alternativas viáveis para controlar esse problema e melhorar o estado de saúde das pessoas com enxaqueca.
Pensando nisso, se você quiser saber se enxaqueca tem cura, fique por aqui e entenda!
Principais Tópicos Deste Artigo
O que é enxaqueca?
É uma dor de cabeça intensa e constante que pode causar sensibilidade à luz (fotofobia), irritabilidade e, em crises mais intensas, exigir internação hospitalar para administração de medicamentos endovenosos.
Até o momento, essa doença não tem cura, mas é possível controlar os sintomas a ponto de prevenir ou diminuir a intensidade das próximas crises, o que já é um alento para muitos indivíduos que têm o problema.
As pessoas diagnosticadas com enxaqueca devem adotar hábitos mais saudáveis como praticar atividade física, evitar bebidas alcoólicas, que podem desencadear as crises, entre outras ações.
Quais são os melhores tratamentos para essa doença?
A enxaqueca é uma doença complexa que precisa de uma avaliação detalhada do neurologista. Ele recomendará tratamentos com medicamentos e outras estratégias para diminuir a frequência e intensidade das dores.
Acupuntura, técnicas de relaxamento e terapias
Existem diversas pesquisas que apontam os benefícios da acupuntura no controle das crises de enxaqueca, técnicas de relaxamento, terapias psicológicas ou uma associação desses métodos.
Medicamentos
Alguns medicamentos também se provaram eficientes nas crises ou na prevenção de novos eventos. Sabendo que a enxaqueca causa a dilatação dos vasos do cérebro, certos remédios são utilizados para reduzir esse processo.
Nesse sentido, muitos analgésicos são usados no período da crise para diminuir a expansão dos vasos sanguíneos cerebrais e reduzir a percepção da dor. Outros remédios também são úteis apesar de seu mecanismo de ação nos casos de enxaqueca não ser completamente conhecido.
Entre eles, encontram-se antidepressivos, anticonvulsivantes, betabloqueadores, medicamentos originalmente utilizados para evitar vômito, entre outras opções conforme a aceitabilidade do organismo do paciente.
Erenumab
Uma proposta recente para melhorar a rotina de quem sofre de enxaqueca é o Erenumab, novo medicamento aprovado pela ANVISA que pode reverter até 50% das crises de enxaqueca.
Sua ação farmacológica, quando administrado de forma subcutânea, se deve aos anticorpos monoclonais, que bloqueiam genes de uma substância chamada calcitonina, considerada responsável por desencadear as crises de enxaqueca.
Os efeitos colaterais mais observados no estudo de quase 11 mil pacientes com enxaqueca foram aumento de peso, sonolência, entre outros sintomas menos graves, como náuseas e ânsia de vômito.
O medicamento já foi autorizado pela ANVISA e está na fase final de definição do preço para o paciente. Porém, estima-se que seu valor será elevado, pois, nos Estados Unidos, foi avaliado em aproximadamente US$ 6.900 por ano.
Posso ter enxaqueca?
Agora que já discutimos se a enxaqueca tem cura, o que acha de avaliar se você realmente pode ter enxaqueca? Montamos um teste com base nos critérios diagnósticos do ICHD-3 para enxaqueca sem aura. Vamos lá?
Time's up
Enxaqueca tem cura? Por enquanto não! Mas tem tratamento.
Saber se a enxaqueca tem cura é uma preocupação de quem sofre com crises e fica frequentemente debilitado para fazer atividades domésticas e profissionais. Por isso, é essencial buscar ajuda de um neurologista experiente em tratar essa doença, verificar em conjunto quais são as medidas mais adequadas para o caso em questão e seguir o tratamento da maneira correta.
Agora que você já entendeu sobre as estratégias para controlar a enxaqueca e que ela (ainda) não tem cura, aproveite para ler sobre a diferença entre enxaqueca e outras dores de cabeça.
Dr. Matheus Trilico é neurologista referência no diagnóstico e acompanhamento de TEA e TDAH em adultos. Formado em medicina pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA) e com residência em Neurologia pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR) e mestre também pela UFPR. Além de atuar como neurologista em consultório privado e no Sistema Único de Saúde (SUS), realiza também atividades acadêmicas. Dr. Matheus Trilico acredita que o ser humano precisa conhecer bem sua saúde e, por isso, transmite as informações sobre o quadro clínico de forma clara e didática, reafirmando seu compromisso com a exímia relação médico-paciente. Amante da tecnologia, busca utilizá-la para agregar conhecimento e facilitar a vida dos pacientes, mas sem perder seu foco: o humanismo e a qualidade do atendimento médico.
CRM 35.805/PR – RQE 24.818