Saber quando se preocupar com o esquecimento é importante para entender o momento certo de marcar uma consulta médica. Isso porque o esquecimento pode gerar muitos problemas para o paciente e sua família.
No entanto, pequenos lapsos de memória são aceitáveis em qualquer idade, podendo ser um pouco mais frequente nos idosos, mas isso não significa qualquer prejuízo se ocorrer de forma espaçada ou em períodos de estresse, por exemplo.
Todavia, quando o esquecimento é constante, torna-se essencial buscar ajuda médica para identificar as causas. Por isso, se quiser saber mais sobre o assunto, leia este post!
Quando o esquecimento é considerado normal?
Nosso cérebro processa muitas informações ao longo do dia e algumas tarefas são realizadas quase que inconscientemente, apesar de envolver diversas áreas cerebrais responsáveis pela memória.
Sendo assim, quando acordamos, sabemos onde fica o banheiro, a sala, a cozinha, o que normalmente comemos no café da manhã e quais são as atividades programadas para aquele dia.
Entretanto, em dias mais atribulados ou com forte conteúdo emocional, podemos nos esquecer de algumas informações relevantes, como compromissos, por exemplo. Ainda, pode-se ficar mais desatento e esquecer informações simples como onde guardou a chave do carro ou se trancou a porta da casa. Quem nunca passou por isso que atire a primeira pedra! Então…
Quando se preocupar com o esquecimento?
“Esquecer é uma necessidade”. Machado de Assis
Esquecer é um processo natural ao cérebro, simplesmente porquê é impossível guardar todas as informações que recebemos em tantos anos de vida. E alguns fatos e eventos se perdem devido à inutilidade dessa informação. O cérebro prioriza o que nos parece mais útil, principalmente se houver algum conteúdo emocional associado.
No entanto, se o esquecimento não estiver relacionado às causas de estresse e ocorrer de forma frequente, principalmente quando se relaciona a situações importantes, como reconhecer um familiar, perder-se em locais conhecidos ou estar desorientado no tempo, deve ser a hora de buscar ajuda.
Existem algumas doenças que causam perda de memória. Vejamos as principais.
Doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa em que a pessoa vai esquecendo aos poucos a rotina e depois passa a não reconhecer rostos familiares, momentos importantes já vivenciados, fatos marcantes entre outros.
Inicialmente, ela perde a chamada memória de curta duração, não se lembrando do caminho de casa, qual é o ônibus em que precisa entrar ou o nome do médico que vai consultar. E, com o avançar da doença, vai se esquecendo até de sua própria identidade.
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo é uma doença metabólica proveniente da falta de hormônios da tireoide e pode causar diversas reações no organismo, inclusive no processamento das informações cerebrais.
Indivíduos com hipotireoidismo se esquecem facilmente de episódios cotidianos, apresentam dificuldades para fazer cálculos com forma de resgatar conhecimentos em matemática e têm dificuldade de compreensão das informações atuais.
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Transtorno depressivos
A depressão é uma doença psiquiátrica que causa consequências na consolidação das memórias, possivelmente pelas alterações da quantidade de neurotransmissores no cérebro dos indivíduos acometidos.
Apesar de não ser um sintoma frequente, é importante analisar o esquecimento nesses pacientes com diagnóstico de depressão e instituir exercícios cerebrais para amenizar o problema ou verificar a possibilidade na mudança dos medicamentos prescritos.
Saber quando se preocupar com um esquecimento constante é fundamental para buscar ajuda de um neurologista. Esse profissional identificará a situação e instituirá medidas para amenizar ou tratar outros problemas que estejam causando esse sintoma. Além disso, é aconselhável observar se ocorre nas pessoas mais suscetíveis.
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Dr. Matheus Trilico é neurologista referência no diagnóstico e acompanhamento de TEA e TDAH em adultos. Formado em medicina pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA) e com residência em Neurologia pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR) e mestre também pela UFPR. Além de atuar como neurologista em consultório privado e no Sistema Único de Saúde (SUS), realiza também atividades acadêmicas. Dr. Matheus Trilico acredita que o ser humano precisa conhecer bem sua saúde e, por isso, transmite as informações sobre o quadro clínico de forma clara e didática, reafirmando seu compromisso com a exímia relação médico-paciente. Amante da tecnologia, busca utilizá-la para agregar conhecimento e facilitar a vida dos pacientes, mas sem perder seu foco: o humanismo e a qualidade do atendimento médico.
CRM 35.805/PR – RQE 24.818