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Quais são os estágios da doença de Parkinson? Explicamos cada um dos 5 aqui!

estágios da doença de Parkinson

estágios da doença de Parkinson

Conhecer os estágios da Doença de Parkinson é importante para entender como os sintomas evoluem. Esse é um problema neurológico que atinge a motricidade de um indivíduo, ou seja, a sua capacidade de realizar movimentos voluntários, e, consequentemente, a sua qualidade de vida.

A doença ocorre quando alguns tipos de neurônios (de caráter dopaminérgicos) são afetados em uma região encefálica conhecida por núcleos da base. Como consequência, a coordenação motora é modificada, de modo que alguns sintomas — como tremores e movimentos involuntários — passam a surgir e ficam cada vez mais frequentes, ao longo da evolução do transtorno.

Neste post, vamos explicar como acontece cada um dos 5 estágios da Doença de Parkinson e dar algumas sugestões de como conviver melhor com os sintomas. Acompanhe para saber mais!

Os principais sintomas da Doença de Parkinson

A maneira como a Doença de Parkinson se manifesta não é igual para todos os pacientes. Algumas pessoas não apresentam todos esses sintomas, assim como eles podem surgir com intensidades diferentes entre os indivíduos. No entanto, no geral, os principais sinais desse distúrbio são:

Além disso, apesar da motricidade ser a mais afetada, ela não é a única comprometida por essa doença. Outros sintomas que podem surgir são:

Os estágios da Doença de Parkinson

Como visto, a Doença de Parkinson tem sintomas gradativos. Isso faz com que ela se divida em 5 estágios, os quais necessitam de acompanhamento contínuo e das devidas orientações.

Entender essa progressão é um dos primeiros passos para aprender a conviver com a doença e compreendê-la melhor. Afinal, é possível prezar pela melhoria da qualidade de vida, mesmo após ser diagnosticado com a doença.

Além disso, é necessário compreender que essa evolução tende a ser lenta. Também não existe um padrão da progressão dos estágios, isto é, ela acontece de formas diferentes em cada paciente, em relação à ordem e a intensidade.

Tendo em vista essas características, entenda melhor quais são os estágios da Doença de Parkinson!

Estágio 1

Uma das características principais do primeiro estágio da Doença de Parkinson é que os sintomas se manifestam em somente um lado do corpo. Sendo assim, é possível notar sinais como tiques, tremores, alterações no equilíbrio ou na postura, problemas na marcha, entre outros. Eles podem aparecer na mão, no rosto, no pé ou apenas nos dedos.

Nessa fase, o paciente continua a viver a sua vida normalmente, conseguindo realizar todas as atividades do dia a dia. A sua autonomia não é prejudicada e os sintomas são bem leves, podendo passar despercebidos em muitos casos.

No entanto, essa é a fase ideal para procurar um neurologista e dar início ao tratamento o mais rápido possível. Durante o estágio inicial, é mais fácil entender a doença e aceitá-la da melhor maneira. Nesse contexto, a família e os amigos mais próximos têm um papel fundamental de identificar essas alterações e incentivar a busca por um profissional especializado.

Estágio 2

Nessa fase, o outro lado é atingido. Desse modo, os sintomas se manifestam por todo o corpo e a marcha começa a ser comprometida. Nesse momento, o indivíduo demonstra mais dificuldade em andar, geralmente, arrastando os pés e com os passos mais lentos.

A rigidez muscular também é muito mais evidente. Atividades como se levantar, sentar-se, deitar-se e falar normalmente começam a ser mais difíceis. Entretanto, a pessoa ainda é capaz de realizar as suas tarefas cotidianas e ainda pode morar sozinha.

Nessa fase, é recomendado buscar profissionais como fisioterapeutas e fonoaudiólogos para trabalhar as alterações na fala e na movimentação. É necessário reforçar a importância de procurar um neurologista, caso ainda não o tenha feito. Outros profissionais, não especializados no Sistema Nervoso, podem considerar apenas sinais do avanço da idade, atrapalhando o desenvolvimento do diagnóstico.

Estágio 3

No terceiro estágio da doença de Parkinson, a perda dos reflexos e do equilíbrio são mais marcantes. Problemas de andar em linha reta e sem um apoio (como uma bengala) são identificados, assim como os movimentos ficam ainda mais lentos.

Nessa fase, as chances de queda são maiores, por isso é importante ter a companhia de alguém em casa — ressaltando que o indivíduo ainda tem a sua independência para se vestir, andar, tomar banho, comer, entre outras atividades. Realizar a adaptação da residência para evitar acidentes também é uma ótima opção.

Estágio 4

No estágio 4, tanto a saúde física quanto mental sofrem grandes consequências da Doença de Parkinson. Os movimentos já estão totalmente comprometidos e o paciente pode precisar de um andador para se levantar e dar alguns passos. Além disso, mudanças de comportamento costumam ocorrer nessa fase, pois os sintomas trazem maiores limitações.

Aqui, é de extrema importância que exista alguém para auxiliar nas atividades do dia a dia, como banho, alimentação, saídas de casa, entre outras. A terapia ocupacional e fisioterapia são indicadas para oferecer o apoio necessário.

Estágio 5

O último dos estágios da doença de Parkinson é o mais debilitante. Como a rigidez muscular tomou proporções altas, o indivíduo praticamente não tem mais estabilidade para ficar de pé, nem consegue mais andar. Geralmente, nessa fase, ele fica acamado e se movimenta apenas com o auxílio de cadeira de rodas.

O médico responsável pelo tratamento, provavelmente, indicará medicamentos mais fortes e um dos efeitos colaterais pode ser as alucinações. Por essa razão, o auxílio de um profissional de enfermagem ou cuidador experiente se torna imprescindível nesse momento.

Como visto, os estágios da Doença de Parkinson se manifestam de formas diferentes em cada indivíduo que tenha esse distúrbio. De qualquer maneira, o acompanhamento com um neurologista é indispensável em todas as fases. Isso será fundamental para garantir a qualidade de vida do paciente ao longo da evolução do quadro.

Ficou com alguma dúvida relacionada à Doença de Parkinson? Então, deixe seu comentário aqui ou em nossas redes sociais!

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