Neuromielite óptica (ou doença de Devic): o que é preciso saber sobre a doença? Entenda melhor em 6 tópicos!

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Neuromielite Óptica
A neuromielite óptica (NMO), chamada também de doença de Devic, é uma patologia autoimune que acontece no sistema nervoso central, afetando os nervos ópticos e a medula espinhal. É uma doença grave que atinge principalmente mulheres entre 30 e 40 anos. Sem tratamento, a NMO pode provocar sequelas graves, como cegueira e comprometimento permanente da atividade motora desde o primeiro surto. Por isso, o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são fundamentais.

A neuromielite óptica (NMO), chamada também de doença de Devic, é uma patologia autoimune que acontece no sistema nervoso central, afetando os nervos ópticos e a medula espinhal. É uma doença grave que atinge principalmente mulheres entre 30 e 40 anos. Sem tratamento, a NMO pode provocar sequelas graves, como cegueira e comprometimento permanente da atividade motora desde o primeiro surto. Por isso, o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são fundamentais.

Quer saber mais? No artigo de hoje, vamos mostrar para você as principais informações a respeito da neuromielite óptica. Acompanhe!

Quais são as causas da neuromielite óptica?

As doenças autoimunes acontecem quando as células do sistema de defesa do organismo atacam e destroem as estruturas saudáveis do corpo.

A neuromielite óptica, especificamente, ocorre quando o anticorpo aquaporina 4, associado à regulação da barreira hematoencefálica, ataca a superfície das células em determinados lugares do sistema nervoso central.

Esse ataque causa uma resposta inflamatória no local, provocando danos à bainha de mielina dos neurônios — um processo chamado desmielinização —, o que gera prejuízos às fibras do nervo óptico e da medula espinhal.

Qual é a diferença entre neuromielite óptica e esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é outra patologia autoimune que causa danos ao revestimento das células do sistema nervoso central. No entanto, nela, além dos nervos ópticos e da medula espinhal, as células do cérebro, o cerebelo e o tronco cerebral também sofrem a desmielinização.

Embora algumas pessoas considerem a neuromielite óptica uma variação da esclerose múltipla que afeta exclusivamente os nervos ópticos e a medula espinhal, os agentes que atuam nas doenças são diferentes.

Além disso, a mielite costuma ser assimétrica e unilateral na esclerose múltipla, enquanto na neuromielite óptica, em geral, a inflamação é transversal, simétrica, bilateral e mais extensa.

Quais são os sintomas da neuromielite óptica?

Como já explicamos, a neuromielite óptica ataca os nervos da visão e da medula. Assim, podemos separar os sintomas em duas categorias. As manifestações oculares incluem:

  • diplopia, também conhecida como visão dupla;
  • redução da acuidade visual, que inclui a vista embaçada, escura ou borrada;
  • perda parcial do campo de visão.

Esses sintomas podem ocorrer em um ou em ambos os olhos e costumam acontecer quando o paciente faz movimentos oculares.

Entre os sintomas associados à inflamação em algum ponto da medula, destacam-se:

  • dores fortes na nuca, nas costas ou em outra parte do corpo;
  • náuseas e vômitos ou soluços por dias ou semanas;
  • vertigens e tonturas;
  • dormência, formigamento e/ou fraqueza anormal;
  • sensação de queimação e/ou perda de sensibilidade, alterando a percepção de estímulos térmicos e de dor;
  • perda de equilíbrio;
  • alterações no sono;
  • incontinência urinária ou fecal.

Os surtos da neuromielite óptica duram mais de 24h e costumam se estender pelos dias — e, até mesmo, semanas — subsequentes. A intensidade e a progressão da doença variam de pessoa para pessoa. Nos estágios mais avançados, ela pode levar à cegueira, perda tátil, fraqueza e disfunções intestinais permanentes.

Como é feito o diagnóstico da neuromielite óptica?

Além de investigar o histórico do paciente e avaliar as alterações visuais, o diagnóstico da neuromielite óptica envolve um exame de imagem, geralmente ressonância magnética, com o intuito de identificar os locais de inflamação e/ou a presença de placas desmielinizantes.

O exame de potenciais evocados também pode ser utilizado para confirmar a patologia. Nele, por meio de um eletroencefalograma, observa-se quais áreas do cérebro são acionadas quando determinados estímulos visuais são aplicados no paciente a fim de verificar o funcionamento do nervo óptico.

Exames de sangue também são solicitados para o diagnóstico. Por meio deles, é possível investigar outras causas para a alteração imunológica com o intuito de identificar doenças com sintomas parecidos com os da neuromielite óptica.

Nesse sentido, há ainda a análise do líquor cefalorraquidiano, um líquido que reveste o cérebro e a medula. Esse exame pode confirmar se há inflamação no local e ajudar a descartar a possibilidade de esclerose múltipla.

Quais são os tratamentos disponíveis?

A neuromielite óptica ainda não tem cura, mas os tratamentos podem ajudar a interromper e prevenir as crises e o agravamento dos sintomas. Abaixo, confira as principais alternativas.

Uso de corticoides e imunossupressores

Em geral, o tratamento medicamentoso inclui o uso de corticosteroides e imunossupressores com o objetivo de interromper e impedir novos episódios. Anti-inflamatórios também podem ser receitados para diminuir a resposta inflamatória e a intensidade dos sintomas.

Troca de plasma

A troca de plasma (plasmaférese) é o processo em que o sangue é transferido, os anticorpos anormais são retirados e, em seguida, o sangue retorna para o paciente. É um tratamento utilizado em casos mais graves, indicado quando as crises da neuromielite óptica acontecem com maior frequência e o paciente não responde bem aos corticoides.

Acompanhamento multidisciplinar

Além disso, também existem terapias não medicamentosas que podem ajudar o paciente que sofre com neuromielite óptica a ter mais qualidade de vida. Fonoaudiólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos são exemplos de profissionais que podem complementar o tratamento.

É importante ressaltar que, para obter bons resultados, reduzindo as crises e minimizando as possíveis sequelas, é fundamental começar o tratamento logo no início da patologia. Para isso, sempre busque ajuda especializada.

Por que um bom médico neurologista é importante?

Como mostramos, a neuromielite óptica é uma doença complexa, com sintomas amplos que variam de acordo com o paciente.

Essa patologia deve ser diagnosticada com bastante cautela e o tratamento, que busca reduzir os sintomas e controlar a evolução da doença, deve ser acompanhado de perto. Por isso, é essencial contar com um profissional capacitado que se preocupe em estabelecer uma boa relação com o paciente.

Neste artigo, você viu que a neuromielite óptica é uma patologia autoimune que ataca os nervos ópticos e da medula espinhal. Além disso, conferiu os principais sintomas da doença e entendeu que, se negligenciada, ela pode causar sequelas graves e irreversíveis. Por isso, é importante fazer um diagnóstico precoce e contar sempre com um bom médico neurologista.

Gostou deste artigo? Quer saber mais sobre neuromielite óptica ou outras patologias neurológicas? Então, entre em contato conosco!

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