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Quer saber o que é epilepsia? Entenda de forma clara!

5 minutos para ler
o que e epilepsia

Você sabe o que é epilepsia? Essa é uma doença neurológica que atinge cerca de 50 milhões de pessoas por todo o mundo — o que representa algo em torno de 4% a 10% da população mundial — e que ocorre por conta de uma alteração do estado normal da atividade neural, sendo capaz de provocar crises em um indivíduo.

Ao contrário do que muitos pensam, epilepsia não é sinônimo de convulsão. Apesar de gerar crises epilépticas, que podem ser de caráter generalizado ou focal, nem todas contam com sintomas convulsivos.

Neste post, vamos explicar sobre esse distúrbio e apresentar as suas principais particularidades, os cuidados e os tratamentos mais eficazes. Continue a leitura e saiba mais sobre a epilepsia!

O que é epilepsia?

A epilepsia pode ser descrita como uma modificação no funcionamento cerebral, de caráter reversível, temporário e aleatório — isto é, não causado pelo uso de drogas, por problemas metabólicos ou pelo aumento excessivo da temperatura corporal (febre alta).

Esse transtorno se manifesta por crises que podem ser focais (que atingem apenas uma região do cérebro) ou generalizadas (que impactam várias áreas cerebrais, alterando a sua atividade elétrica).

Geralmente, essas crises duram um curto período (cerca de segundos ou poucos minutos) e os sintomas são diversos, sendo alguns menos evidentes. Até o momento, não se sabe exatamente o que causa a epilepsia, mas se entende que ela pode ter origem em problemas durante o parto, ser sintoma de outras doenças neurológicas ou ser resultado do uso abusivo de substâncias tóxicas (drogas ou álcool).

Quais são os sintomas da epilepsia?

Os sintomas da epilepsia variam de acordo com o tipo de crise epiléptica que um indivíduo tem. No geral, os sinais mais comuns são:

  • perda momentânea de consciência: no início de uma crise, é comum que o indivíduo perca a consciência e caia depois — mas antes disso, ele pode perceber desconforto em alguma parte do corpo ou sensação de medo;
  • olhar fixo: o olhar fixo é outro sinal comum durante uma crise, inclusive a de ausência, na qual a pessoa fica parada por alguns instantes, sem reação, o que dá a impressão de que ela está “desligada”;
  • queda: em muitos casos, o paciente perde a consciência e cai com o corpo rígido, podendo ou não apresentar convulsões após a queda;
  • contração das extremidades do corpo: durante uma crise epiléptica, os músculos se enrijecem aleatoriamente, especialmente nos membros mais extremos ao corpo;
  • movimentos desordenados: o indivíduo pode ter alterações motoras temporárias em apenas uma parte do corpo (crise focal) ou em todo o corpo (crise generalizada), movimentando-se de maneira involuntária;
  • formigamento: é comum que alguns pacientes sintam formigamento nas extremidades do corpo antes, durante e após uma crise;
  • perda de memória: alguns casos também podem apresentar lapsos de memória após a crise, assim como desorientação.

É preciso ressaltar que não é necessário chamar uma ambulância ao observar uma crise em uma pessoa já diagnosticada com essa doença. No entanto, se o indivíduo ainda não tiver conhecimento do distúrbio e apresentar esses sintomas mais de uma vez, é necessário procurar um neurologista para que sejam realizados exames e o diagnóstico. Além disso, se a crise durar mais de 5 minutos, em qualquer um desses casos, é de extrema importância ligar imediatamente para o 192.

Se você estiver ao lado de uma pessoa com crise epiléptica, siga as seguintes instruções e oriente as demais pessoas no ambiente a fazerem o mesmo:

  • em nenhum momento segure o indivíduo com crise e nem tente restringir os seus movimentos — isso pode machucar tanto a ele quanto a você;
  • não tente segurar a língua da pessoa — como ela realiza movimentos involuntários, como contração dos músculos, isso pode trazer danos físicos aos envolvidos;
  • coloque algo debaixo da cabeça da pessoa que sirva como um travesseiro — isso evita que ela machuque o rosto ou a cabeça no chão;
  • espere o episódio acabar e fique atento ao tempo de duração — lembre-se de chamar uma ambulância se ultrapassar os 5 minutos ou se apresentar crises seguidas;
  • após a crise, ajude a pessoa a se levantar e, caso ela esteja desorientada, explique o que ocorreu.

Sintomas comuns em mulheres

Existem alguns cuidados especiais para mulheres com epilepsia. Isso porque elas podem apresentar sintomas extras, principalmente de caráter hormonal. Por exemplo, além da desregulação do ciclo menstrual, algumas pacientes podem apresentar mais crises dentro de uma fase específica do ciclo (seja ela a fase folicular, seja ela a fase ovulatória, seja ela a fase lútea), variando de acordo com cada pessoa.

Além disso, mulheres que fazem uso de anticoncepcional oral podem ter problemas se, ao mesmo tempo, tomarem medicamentos para prevenir convulsões, pois um remédio pode diminuir o efeito do outro.

Desse modo, é necessário explicar o caso para o neurologista e para o ginecologista, a fim de encontrar uma solução mais eficiente. Durante a gestação, também é necessário visitar o neurologista para verificar se há a necessidade de realizar ajustes no tratamento por conta das variações hormonais.

Há tratamento para epilepsia?

O tratamento para epilepsia somente é iniciado após avaliação individualizada de cada caso. Isso porque apenas um episódio convulsivo pode não ser capaz de definir se o caso realmente se trata dessa doença. A partir disso, com o auxílio de exames de imagem e do eletroencefalograma (EEG), é possível fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento mais adequado.

Na maioria dos casos, são utilizados medicamentos que minimizam as alterações anormais das atividades elétricas do cérebro. Dessa maneira, é possível bloquear ou diminuir a incidência de crises. Atualmente, já é viável fazer uso de remédios com poucos efeitos colaterais, o que faz com que os indivíduos possam realizar as suas atividades normalmente, com pouca ou nenhuma limitação.

Com o uso regular de medicamentos antiepilépticos, aproximadamente dois terços dos pacientes conseguem bons resultados e o controle das crises. Já para aqueles que ainda sofrem com os problemas da epilepsia, é recomendado optar por algumas alternativas de tratamento.

Em crianças, por exemplo, pode ser recomendada uma dieta rica em lipídios e com poucos carboidratos, chamada cetogênica. Alguns casos também podem envolver cirurgias nas áreas em que foi identificada a alteração do funcionamento cerebral.

Para pacientes com quadros ainda mais graves, alguns estudos avaliam a estimulação neural, por meio da neuromodulação, ou o uso de compostos como o cannabidiol para o controle das crises em casos específicos. Além do mais, a atividade física é recomendada para todos os casos.

Saber o que é epilepsia é fundamental não só para identificar sintomas que acontecem com você e buscar o tratamento mais adequado, mas também para saber como agir, com segurança, diante de uma crise em outra pessoa.

Para saber mais sobre esse assunto, entenda também quais são as causas e o tratamento da convulsão em nosso outro post!

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