A doença de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa em que há o comprometimento progressivo do desempenho motor do paciente. Seus principais sintomas incluem tremores involuntários, rigidez muscular, instabilidade postural, alterações na marcha, dores e, nos estágios avançados, o comprometimento das capacidades cognitivas.
Mas quando é preciso ficar atento? Parkinson é hereditário? Será que ter casos de Parkinson na família pode aumentar as chances de desenvolver a doença?
No artigo de hoje, vamos explicar sobre a hereditariedade da doença de Parkinson e quais outros fatores podem estar relacionados ao seu surgimento. Acompanhe!
Principais Tópicos Deste Artigo
Como a doença de Parkinson acontece?
A doença de Parkinson acontece devido à degradação progressiva das células nervosas presentes em uma área do cérebro chamada “substância negra”. Essa degradação faz com que o cérebro produza cada vez menos dopamina, um neurotransmissor envolvido no processo de comunicação do sistema nervoso, comprometendo os movimentos do paciente.
As causas que levam à morte progressiva das células dopaminérgicas ainda são desconhecidas. No entanto, sabe-se que o surgimento da doença de Parkinson está relacionado ao envelhecimento e à combinação de fatores ambientais e genéticos.
Parkinson é hereditário?
Embora a doença de Parkinson esteja relacionada a fatores genéticos, isso não significa que ela seja, necessariamente, passada de pai para filho. As doenças genéticas são aquelas que acontecem devido a mutações nos genes que, por sua vez, podem acontecer de forma aleatória e nem sempre são hereditárias.
Estudos mostram que 5% a 15% dos pacientes parkinsonianos apresentaram histórico familiar da doença. Dentro deste grupo, em geral, as manifestações começam mais cedo.
Assim, podemos afirmar que a doença de Parkinson não é hereditária, embora o histórico familiar seja um fator de risco. Vale ressaltar também que ter uma mutação genética associada à doença de Parkinson não significa, necessariamente, que o paciente desenvolverá o distúrbio.
Quais são os outros fatores de risco para o Parkinson?
A doença de Parkinson também é mais prevalente em idosos e em pessoas do sexo masculino. Além disso, alguns fatores ambientais observados no histórico dos pacientes parkinsonianos são:
- exposição a pesticidas por longos períodos;
- exposição a metais;
- trabalhos exaustivos, que exigem muito trabalho físico;
- estresse;
- distúrbios do sono.
Quais cuidados tomar?
Não existe um método de prevenção comprovadamente eficaz contra a doença de Parkinson. No entanto, praticar atividade física regularmente contribui para a neuroplasticidade cerebral.
Uma alimentação adequada também previne a ação dos radicais livres no cérebro e ajuda a promover a oxigenação do órgão. Além disso, é importante estar em dia com as consultas médicas.
Quando procurar ajuda médica especializada?
É fundamental buscar ajuda médica especializada logo nos primeiros sintomas, uma vez que, embora não tenha cura, o diagnóstico e o tratamento precoce aumentam as chances de o paciente conviver melhor com a doença e retardar a progressão dos sintomas.
Portanto, você viu que a doença de Parkinson, caracterizada pela degradação progressiva das células dopaminérgicas, está associada a uma combinação de fatores ambientais e genéticos e ao envelhecimento.
Casos em que a hereditariedade está associada a essas mutações genéticas são poucos. Pacientes parkinsonianos com histórico familiar da doença representam em torno de 5% a 15% do total.
Gostou de saber se Parkinson é hereditário? Quer saber mais sobre a patologia? Então confira nosso artigo sobre os principais tratamentos da doença de Parkinson.
Dr. Matheus Trilico é neurologista referência no diagnóstico e acompanhamento de TEA e TDAH em adultos. Formado em medicina pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA) e com residência em Neurologia pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR) e mestre também pela UFPR. Além de atuar como neurologista em consultório privado e no Sistema Único de Saúde (SUS), realiza também atividades acadêmicas. Dr. Matheus Trilico acredita que o ser humano precisa conhecer bem sua saúde e, por isso, transmite as informações sobre o quadro clínico de forma clara e didática, reafirmando seu compromisso com a exímia relação médico-paciente. Amante da tecnologia, busca utilizá-la para agregar conhecimento e facilitar a vida dos pacientes, mas sem perder seu foco: o humanismo e a qualidade do atendimento médico.
CRM 35.805/PR – RQE 24.818