Síndrome das Pernas Inquietas: dos sintomas ao tratamento, saiba tudo aqui!

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sindrome das pernas inquietas

A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) é uma condição que causa um desejo incontrolável de mover as pernas, geralmente por causa de uma sensação desconfortável. Isso normalmente acontece à noite, quando sentado ou deitado, e melhora, ainda que temporariamente, com o movimento.

A Síndrome das Pernas Inquietas, também conhecida como Doença de Willis-Ekbom, pode começar em qualquer faixa etária, mas geralmente piora com o envelhecimento. Ela costuma atrapalhar principalmente o sono, interferindo assim na qualidade de vida do paciente.

Etapas simples de autocuidado e mudanças no estilo de vida podem ajudar a aliviar os sintomas. Quando isso não alivia, um neurologista pode prescrever medicamentos úteis.

Sintomas da Síndrome das Pernas Inquietas

O principal sintoma é o desejo – quase incontrolável – de mover as pernas. Geralmente de ambos os lados e menos comumente nos braços, embora eles também possam ser afetados. A descrição deste desejo pode ser muitas vezes confusa e relatada de forma bastante abstrata como um prurido, puxão, dormência, alfinetada e agulhada.

Algumas outras características podem acompanhar esse desejo:

  • Piora dos sintomas após o descanso: A sensação “ruim” nas pernas geralmente começa depois que você fica deitado ou sentado por um longo período, como em um carro, avião ou cinema.
  •  Alívio com movimento. A sensação de pernas inquietas diminui com o movimento, como ao se alongar, ao sacudir as pernas, passeando ou andando.
  •  Piora dos sintomas à noite: Os sintomas ocorrem – ou pioram –  principalmente à noite.
  •  Perna se contraindo à noite. A Síndrome das Pernas Inquietas pode estar associada a outra condição chamada “movimento periódico do sono”, que faz com que suas pernas se contraiam e chutem enquanto você dorme.

É comum os sintomas variarem em gravidade. Às vezes, eles desaparecem por algum tempo e depois voltam.

Quando consultar um médico?

Algumas pessoas com Síndrome das Pernas Inquietas nunca procuram atendimento médico porque se preocupam com o fato de não serem levadas a sério! Mas o problema pode interferir no sono e qualidade de vida. Por isso, converse com seu neurologista se você acha que pode ter esse problema.  Se quiser conversar comigo, agende sua consulta aqui.

Causas de Pernas Inquietas

Não há uma causa específica conhecida ainda. Os pesquisadores suspeitam que a condição possa ser gerada por um desequilíbrio da dopamina, substância química do cérebro, que envia mensagens para controlar o movimento muscular.

Hereditariedade

Às vezes, a síndrome ocorre em famílias, especialmente quando os sintomas começam antes dos 40 anos. Os pesquisadores identificaram locais nos cromossomos onde genes para a doença podem estar presentes.

Gravidez

Gravidez ou alterações hormonais podem piorar temporariamente os sinais e sintomas. Algumas mulheres percebem os sintomas pela primeira vez durante a gravidez, especialmente durante o último trimestre. No entanto, nesses casos, os sintomas geralmente desaparecem após o parto.

Fatores de risco para Pernas Inquietas

A síndrome pode se desenvolver em qualquer idade, mesmo durante a infância. O distúrbio é mais comum com o envelhecimento, sendo mais frequente em mulheres do que em homens.

Ela geralmente não está relacionado a um grave problema médico subjacente. No entanto, é preciso estar atento a outras condições que podem estar associadas:

  • Neuropatia periférica: Às vezes, esse tipo de dano nos nervos das mãos e dos pés é devido a doenças crônicas como diabetes e alcoolismo.
  • Falta de ferro: Mesmo sem anemia, a deficiência de ferro pode causar ou piorar a SPI.
  • Falência renal:  Quando os rins não funcionam adequadamente, as reservas de ferro podem diminuir. Essa e outras alterações na bioquímicas do corpo podem causar ou piorar a SPI.
  • Alterações da medula espinhal: Lesões na medula espinhal também foram associadas à SPI. Ainda, procedimentos anestésicos na medula espinhal, como um bloqueio, podem aumentar o risco de desenvolver SPI.
  • Medicamentos: Alguns medicamentos podem piorar os sintomas, incluindo remédios contra náusea, antipsicóticos, alguns antidepressivos, remédios para resfriados e alergias.

Diagnóstico da Síndrome das Pernas Inquietas

Não existem exames específicos para diagnosticar essa síndrome, sendo o mesmo basicamente clínico, através de uma boa consulta com seu neurologista. Todavia, pela possibilidade de haver outras condições associadas a essa doença, pode ser que o médico solicite avaliação complementar visando descartá-las.

Os cinco critérios básicos que um médico utiliza para o diagnóstico de Pernas Inquietas são:

  • Desejo avassalador de mover as pernas, especialmente junto com sentimentos desconfortáveis
  • Essa sensação começa ou piora enquanto você está em repouso
  • Ela desaparece, parcial ou totalmente, quando você se move
  • Esse desejo começa ou piora à noite
  • Excluir que outra condição não esteja causando esses sintomas

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Complicações

Embora a Síndrome das Pernas Inquietas não leve a outras condições graves, os sintomas podem variar de pouco incômodos a incapacitantes.

SPI grave pode causar comprometimento acentuado da qualidade de vida e resultar em depressão. A insônia, por exemplo, pode levar à sonolência diurna excessiva, comprometendo trabalho e lazer.

Tratamento das Pernas Inquietas

Algumas pequenas mudanças na sua vida cotidiana já podem ajudar muito! Fazer exercícios regularmente; seguir um horário de sono regularevitar cafeína, álcool e cigarro são cruciais para aliviar os sintomas.

Outras maneiras de tratar a SPI sem drogas incluem:

  • Massagear as pernas com creme ou aplicar compressas quentes / frias
  • Banhos quentes

Os medicamentos para tratar a SPI atualmente incluem:

  • Drogas dopaminérgicas (pramipexol, ropinirol, rotigotina)
  • Benzodiazepínicos
  • Medicamentos anticonvulsivantes e utilizados para tratamento de dor crônica, como carbamazepina, gabapentina e pregabalina.

Jamais se medique sem a orientação de um médico! Se você possui esses sintomas, procure um neurologista para que o diagnóstico e tratamento corretos possam ser realizados rapidamente.

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