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O que são tecnologias assistivas e qual a importância delas na Esclerose Múltipla?

O que são tecnologias assitivas e qual a importância delas na Esclerose Múltipla?

O que são tecnologias assitivas e qual a importância delas na Esclerose Múltipla?

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune que atinge o sistema nervoso central (SNC), incluindo o cérebro, os nervos ópticos e a medula espinhal. É uma patologia neurológica progressiva que pode provocar alterações motoras, sensitivas e cognitivas, além de fadiga e fraqueza anormal. 

Não há cura para a EM e, com o tempo, a patologia pode causar danos permanentes. No entanto, além do tratamento medicamentoso, é possível reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente por meio da tecnologia assistiva

Neste artigo, vamos explicar o que são as tecnologias assistivas e como elas podem ajudar a pessoa que tem esclerose múltipla. Acompanhe!

O que são tecnologias assistivas? 

As tecnologias assistivas englobam uma série de equipamentos, serviços e metodologias aplicadas com o intuito de proporcionar autonomia, bem-estar e inclusão social ao paciente que tem algum tipo de limitação. 

Elas podem auxiliar, por exemplo, na mobilidade (com o uso de bengalas, andadores, próteses, estabilizadores posturais), na comunicação (por meio de softwares leitores e ampliadores de tela, que promovem a inclusão digital) e ainda no aprendizado.

Enquanto ferramentas, as tecnologias assistivas podem ser utilizadas diretamente pelo paciente, no ambiente virtual ou ainda fazer parte da estrutura do ambiente, tornando-o mais seguro e acessível. 

No contexto das doenças neurológicas, as tecnologias assistivas são muito úteis. Além de itens como bengalas, cadeira de rodas, barras de segurança, entre outros, também é possível encontrar apetrechos projetados para auxiliar no dia a dia dos pacientes com sequelas ou sintomas associados a essas patologias. 

O Thingiverse, por exemplo, é uma plataforma colaborativa voltada para a impressão de modelos 3D. Nela, é possível encontrar uma série de objetos projetados para ajudar pacientes com problemas neurológicos específicos, como adaptadores de garfos e escovas de dentes. 

No entanto, vale ressaltar que é sempre importante contar com a orientação médica especializada antes de adotar algumas dessas tecnologias. 

Para entender o papel das tecnologias assistivas no contexto da esclerose múltipla, vamos entender primeiro melhor como essa patologia acontece. Confira abaixo.

Como a esclerose múltipla se manifesta? 

O sistema nervoso central é responsável pela a comunicação entre nosso cérebro e o resto do corpo. É por meio dele, pelos impulsos elétricos, que recebemos, enviamos e processamos todo tipo de informação. 

A esclerose múltipla acontece quando as células do sistema imunológico confundem as células saudáveis do SNC com elementos intrusos e passam a atacá-las, provocando danos na bainha protetora que reveste os nervos.

Essas alterações podem acontecer em diferentes locais do SNC. Por isso, os sintomas da esclerose múltipla são amplos e variam entre os pacientes. Em geral, podemos separá-los em:

Como utilizar as tecnologias assistivas no tratamento da esclerose múltipla? 

Como os sintomas da esclerose múltipla são diversos e variam a intensidade de acordo com o quadro do paciente, as tecnologias assistivas podem atuar para atenuar as limitações com diferentes abordagens. Veja algumas dicas abaixo. 

Adapte a casa 

Como vimos anteriormente, a esclerose múltipla está relacionada a alterações motoras e a problemas na coordenação. Por isso, é importante fazer adaptações dentro da residência, com o intuito de garantir mais segurança e otimizar a mobilidade do indivíduo.

Caso o paciente utilize uma cadeira de rodas, instalar rampas é uma excelente opção. Além disso, evitar o uso de tapetes, garantir que o cômodo tenha espaço suficiente para as manobras da cadeira, adicionar portas largas e substituir as maçanetas convencionais por fechaduras corta-fogo conferem mais liberdade e autonomia. 

Se o paciente não utilizar cadeira de rodas, é importante se prevenir em relação às escadas. É comum que o indivíduo que tem esclerose múltipla tenha perda de equilíbrio ou fraquezas anormais, por isso, é essencial que a escada tenha barras de apoio instaladas dos dois lados. Fitas antiderrapantes também ajudam a evitar acidentes.

O banheiro também é um ambiente que merece atenção, pois, por ser úmido, é propício para quedas. Além de fitas (ou pisos) antiderrapantes, as barras de apoio, instaladas perto do vaso ou dentro do boxe, conferem mais segurança. O registro convencional da torneira também pode ser trocado por um botão de pressão com desligamento automático.

Adote recursos para auxiliar no dia a dia 

Existe uma série de equipamentos que pode ajudar o paciente que sofre com problemas de mobilidade relacionado a esclerose múltipla. Podemos citar: 

Além disso, existem diversos utensílios que facilitam as atividades do dia a dia de pessoas com esclerose múltipla, como suporte para escrever ou digitar, cortadores automáticos de alimentos, almofadas ou colchões especiais, entre outros. 

Utilize recursos digitais 

Também existem aplicativos de tecnologia assistiva que podem ajudar pacientes com esclerose múltipla, como leitores de tela, úteis para pacientes quem tem alterações visuais, aplicativos que lembram sobre a medicação ou, ainda, plataformas que promovem a interação social entre pessoas com o mesmo tipo de problema neurológico.

Conte com ajuda especializada

Por fim, é fundamental contar com um auxílio profissional no tratamento da esclerose múltipla. Somente um médico neurologista poderá indicar as tecnologias assistivas adequadas, bem como o tratamento eficiente para a doença.

Portanto, a esclerose múltipla é uma doença neurológica que afeta diferentes partes do sistema nervoso central e, por isso, tem sintomas amplos, que podem ser mais ou menos intensos, de acordo com o estágio da patologia. 

As tecnologias assistivas são grandes aliadas na manutenção da qualidade de vida desses pacientes, conferindo mais autonomia e bem-estar. Antes de adotá-las, é essencial conversar com seu médico neurologista.

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