Você consegue identificar quais são os sintomas da labirintite? Embora comumente utilizado de forma inapropriada para descrever as tonturas / vertigens de uma forma geral, a labirintite é um problema no labirinto, uma estrutura presente na parte interna do ouvido, responsável por participar de funções importantes do nosso corpo, como a audição e a manutenção de equilíbrio.
Uma patologia nesse local pode ser causada por conta de uma infecção de caráter viral ou bacteriano, por problemas respiratórios, como rinite e bronquite, ou por questões emocionais, como excesso de estresse e ansiedade.
Alguns sinais são característicos dessa doença, embora possam estar ligados a outra enfermidade, quando são isolados. Por isso, é necessário procurar um médico especializado para que seja realizado o diagnóstico. A seguir, vamos apresentar quais são os sintomas mais comuns de labirintite. Confira!
Principais Tópicos Deste Artigo
Náusea e vômito são sintomas da labirintite?
Um incômodo no abdômen ou até mesmo o vômito podem ser sinais aparentes de labirintite. Isso ocorre porque as náuseas e a regurgitação são, na maioria das vezes, consequências de outros sintomas da doença.
Tontura
A sensação de que a sua cabeça está muito leve, como se flutuasse, é caracterizada como tontura. Ela também traz a impressão de que a pessoa está prestes a cair. Embora esse não seja um sintoma exclusivo da labirintite, pacientes que sofrem com essa doença relatam sentir essa instabilidade.
Vertigem é um sintoma da labirintite
Já a vertigem é um dos sintomas mais característicos da labirintite. Trata-se da sensação de que o ambiente está girando, inclinando ou se movendo. Isso se intensifica ao mexer a cabeça ou se mover muito rápido, além de poder trazer dificuldades para andar e se guiar pelos espaços.
Isso acontece, principalmente, por conta da alteração na percepção do equilíbrio e da propriocepção (noção da posição do corpo em um lugar), causada por problemas no labirinto.
É por conta disso que algumas pessoas também sentem náuseas ou chegam a vomitar, pois, em determinados casos, a vertigem tem uma alta intensidade, provocando enjoos no indivíduo.
Zumbido no ouvido
A região anterior do labirinto integra o nosso sistema auditivo. Por isso, quando essa parte é afetada pela labirintite, é comum sentir uma pressão no ouvido ou até mesmo ouvir zumbidos, geralmente, junto de outros sintomas que essa doença acarreta.
Suor excessivo
A sudorese intensa é outra consequência dos principais sintomas da labirintite. Os pacientes que já estiveram com esse quadro também relatam a sensação conhecida como suor frio, que nada mais é que a resposta do organismo a essas alterações da percepção de equilíbrio provocadas pela vertigem, enjoo e tontura.
Qual o tratamento para a labirintite?
O tratamento para labirintite depende da origem da doença. Quando é causada por uma infecção, antibióticos e antivirais, dependendo do agente causador, são receitados pelo médico. Já se o problema é, na verdade, a vertigem ou a tontura desencadeadas por distúrbios respiratórios ou emocionais, é fundamental tratar esses transtornos para ter alívio nos sintomas.
Além disso, é importante evitar alguns alimentos que podem intensificar o caso, como bebidas alcoólicas, produtos com alto teor de sódio e refinados, pois são capazes de aumentar a inflamação do organismo ou a pressão interna do ouvido.
Tenho sintomas de labirintite – o que fazer?
Agora que você sabe quais são os sintomas da labirintite, entenda também a importância de procurar um otorrinolaringologista e um neurologista assim que notar esses sinais. O tratamento precoce da doença permite o controle do problema logo de início, evitando, assim, a evolução para quadros mais graves.
Gostou de saber mais sobre o assunto? Então, aproveite a visita ao blog e conheça também as 5 doenças neurológicas mais comuns!
Dr. Matheus Trilico é neurologista referência no diagnóstico e acompanhamento de TEA e TDAH em adultos. Formado em medicina pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA) e com residência em Neurologia pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR) e mestre também pela UFPR. Além de atuar como neurologista em consultório privado e trabalhou por anos no Sistema Único de Saúde (SUS), realizando também atividades acadêmicas. Dr. Matheus Trilico acredita que o ser humano precisa conhecer bem sua saúde e, por isso, transmite as informações sobre o quadro clínico de forma clara e didática, reafirmando seu compromisso com a exímia relação médico-paciente. Amante da tecnologia, busca utilizá-la para agregar conhecimento e facilitar a vida dos pacientes, mas sem perder seu foco: o humanismo e a qualidade do atendimento médico.
CRM 35.805/PR – RQE 24.818