Neste artigo, vamos mostrar para você como é realizado o diagnóstico da doença e quais são as principais opções de tratamento do Parkinson. Confira!
A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico que atinge as células do sistema nervoso central. Essa patologia promove a degeneração progressiva dos neurônios associados aos movimentos, afetando a produção de dopamina, que está relacionada ao controle do movimento muscular.
A incidência da doença de Parkinson é maior em pessoas acima dos 65 anos, atingindo milhões de pessoas mundialmente a partir dessa idade. Não há cura, mas existem diversos tratamentos que ajudam o paciente a conviver melhor com a patologia, diminuindo sintomas, aumentando a qualidade de vida e retardando sua evolução.
Principais Tópicos Deste Artigo
O diagnóstico da doença de Parkinson
O diagnóstico da doença de Parkinson é feito por meio da análise de um neurologista, que avaliará a presença dos sintomas no paciente. Entre eles, podemos citar:
- tremores involuntários;
- rigidez muscular;
- má postura;
- alterações na marcha (lentidão ou enrijecimento dos braços ao andar);
- falta de expressão facial;
- alteração na capacidade de falar, com perda da força e clareza da voz;
- queda súbita da pressão arterial.
Vale ressaltar que nem sempre o paciente parkinsoniano apresentará todos os sintomas da doença. Até mesmo os tremores, popularmente associados a essa condição, não são uma regra. Por isso, em geral, o diagnóstico final pode levar algum tempo e exige acompanhamento regular do especialista.
Além da análise clínica, o diagnóstico pode ser amparado pela observação da melhora dos sintomas quando é adotada alguma medicação utilizada no tratamento de Parkinson ou por exames de imagem, como a cintilografia cerebral, que ajuda a identificar a quantidade de dopamina no cérebro e excluir a possibilidade de outras doenças.
As principais opções de tratamento do Parkinson
Anticolinérgicos
Os anticolinérgicos são eficientes na redução do tremor e da rigidez muscular. Entretanto, seus efeitos colaterais incluem secura, constipação, retenção urinária e confusão mental. Por isso, essa classe de medicação não é indicada para pacientes que têm mais de 65 anos ou sofrem com problemas cognitivos.
Fisioterapia, atividade física e fonoaudiologia
A fisioterapia e a atividade física ajudam a melhorar a mobilidade do paciente, reduzindo a rigidez muscular, aumentando a flexibilidade, conservando a força e diminuindo possíveis dores. A fonoaudiologia pode ser útil para amenizar os sintomas que afetam a fala.
Medicamentos dopaminérgicos
Os agonistas dopaminérgicos (AD) ativam o receptor da dopamina. Muito utilizada em estágios iniciais da doença, essa classe medicamentosa tem baixos efeitos colaterais, o que reduz a probabilidade de causar impactos negativos em longo prazo.
Cirurgias para o tratamento do Parkinson
As cirurgias geralmente são indicadas em quadros severos e não substituem o tratamento medicamentoso. Na verdade, elas são realizadas quando o parkinsoniano não responde aos remédios como no começo do quadro e visam “retroceder” alguns anos da doença, melhorando o efeito da medicação.
A estimulação cerebral profunda (ECP ou DBS, em inglês) é a intervenção cirúrgica mais utilizada no tratamento da doença de Parkinson. Ela consiste na implantação de eletrodos cerebrais, que atuam como uma espécie de marca-passo, bloqueando impulsos nervosos atípicos.
A importância de contar com um bom neurologista no tratamento do Parkinson
Como mostramos, não existe nenhum exame que detecte a doença de Parkinson de forma totalmente assertiva, sendo o exame clínico soberano. Além disso, o tratamento medicamentoso precisa ser ajustado regularmente, seja para aumentar a dose, seja para associar a medicação a outras substâncias. Por isso, é muito importante contar com um bom neurologista desde o momento de obter o diagnóstico.
Agora você já sabe como é feito o diagnóstico da doença e quais são as principais opções de tratamento de Parkinson. Embora essa patologia não tenha cura, é possível diminuir seus sintomas e retardar seu progresso. Para isso, faz toda diferença contar com um neurologista de qualidade.
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Dr. Matheus Trilico é neurologista referência no diagnóstico e acompanhamento de TEA e TDAH em adultos. Formado em medicina pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA) e com residência em Neurologia pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR) e mestre também pela UFPR. Além de atuar como neurologista em consultório privado e no Sistema Único de Saúde (SUS), realiza também atividades acadêmicas. Dr. Matheus Trilico acredita que o ser humano precisa conhecer bem sua saúde e, por isso, transmite as informações sobre o quadro clínico de forma clara e didática, reafirmando seu compromisso com a exímia relação médico-paciente. Amante da tecnologia, busca utilizá-la para agregar conhecimento e facilitar a vida dos pacientes, mas sem perder seu foco: o humanismo e a qualidade do atendimento médico.
CRM 35.805/PR – RQE 24.818