Existe alguma relação entre atividade física e enxaqueca? Será que ela piora ou melhora as dores? Vamos explicar! Afinal, com rotinas cada vez mais corridas, muitas vezes, mantemos o nosso corpo mais parado do que deveríamos. Mas praticar exercícios é fundamental para manter a saúde em dia. Inclusive, existe uma relação interessante entre atividade física e enxaqueca.
A enxaqueca é uma doença crônica que causa fortes dores na cabeça, prejudicando o bem-estar de muitas pessoas. Alguns pacientes sentem, até mesmo, náuseas e outros sintomas, como a sensibilidade à luz devido à intensidade do incômodo.
Algumas das possíveis causas da enxaqueca estão relacionadas ao estilo de vida do indivíduo. Por isso, adotar hábitos que fazem com que o dia a dia seja mais saudável é uma maneira de lidar com essa doença. Neste post, vamos apresentar os efeitos da atividade física para reduzir as dores. Acompanhe!
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Quais são as possíveis causas da enxaqueca?
A causa da enxaqueca ainda não é conhecida. O que se sabe é que ocorre uma desregulação de neuromoduladores — hormônios, neurotransmissores, entre outras substâncias — em algumas regiões do cérebro, que causa dores intensas na cabeça e alterações no humor.
Esse desequilíbrio bioquímico pode ser desencadeado por diversos fatores do dia a dia, como:
- excesso de estresse;
- odores fortes;
- rotina de sono inadequada;
- iluminação intensa;
- ciclo menstrual;
- longos períodos sem alimentação, entre outros.
Qual é a relação entre atividade física e enxaqueca?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é que cada adulto faça cerca de 150 minutos de atividade física, de baixa ou moderada intensidade, por semana. Essa é uma medida para regular o bem-estar físico e mental que ajuda a prevenir diversas doenças crônicas.
Quem sofre de enxaqueca pode se sentir relutante ao praticar exercícios físicos no dia a dia, pois, alguns deles, principalmente os de alto impacto, são capazes de provocar crises de dores. No entanto, alguns estudos apontam que a prática leve e regular de atividades físicas tem um efeito profilático para essa doença.
Isso se deve ao fato de que manter o corpo em movimento faz com que ele produza mais neuromoduladores, como a serotonina e a endorfina — substâncias que são encontradas em menor quantidade nas pessoas que sofrem de enxaqueca crônica.
Esses neurotransmissores são responsáveis pela promoção de bem-estar e estão envolvidos na percepção da dor, podendo aliviá-la. Além disso, ajudam a regular o sono, humor, apetite, entre outros mecanismos.
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Como começar a praticar atividades físicas?
O primeiro passo para ter uma vida mais ativa é procurar um médico para saber quais são as contraindicações. Então, é fundamental procurar um neurologista para ter um acompanhamento dos sintomas da enxaqueca. Além disso, é necessário fazer uma avaliação médica para conhecer as limitações do seu corpo e os exercícios mais recomendados.
Também é importante beber água antes, durante e depois de praticar qualquer atividade física. Afinal, a desidratação é um dos fatores que podem desencadear episódios de enxaqueca. Lembre-se também de estar sempre bem alimentado antes de fazer exercícios e de comer um lanche após a prática para recuperar nutrientes.
Além disso, é imprescindível relatar ao médico sempre que sentir incômodos após a prática de exercícios físicos. Desse modo, é possível regular a intensidade das atividades para que elas não prejudiquem seu bem-estar.
Como mostramos, a relação entre atividade física e enxaqueca pode ser benéfica para o alívio dos sintomas, desde que os exercícios sejam supervisionados por profissionais aptos e feitos em uma intensidade adequada para não agravar os efeitos da doença.
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Dr. Matheus Trilico é neurologista referência no diagnóstico e acompanhamento de TEA e TDAH em adultos. Formado em medicina pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA) e com residência em Neurologia pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR) e mestre também pela UFPR. Além de atuar como neurologista em consultório privado e no Sistema Único de Saúde (SUS), realiza também atividades acadêmicas. Dr. Matheus Trilico acredita que o ser humano precisa conhecer bem sua saúde e, por isso, transmite as informações sobre o quadro clínico de forma clara e didática, reafirmando seu compromisso com a exímia relação médico-paciente. Amante da tecnologia, busca utilizá-la para agregar conhecimento e facilitar a vida dos pacientes, mas sem perder seu foco: o humanismo e a qualidade do atendimento médico.
CRM 35.805/PR – RQE 24.818