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Entenda melhor o que é distonia, saiba como ela age no organismo e conheça mais de 6 tipos!

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o que é distonia
Você sabe o que é distonia? Apesar de essa condição ser muito frequente na população, muitas pessoas não conhecem esse termo. Mesmo assim, certamente você já deve ter visto alguém com seus sintomas, como rigidez muscular, cãibras e espasmos involuntários

Você sabe o que é distonia? Apesar de essa condição ser muito frequente na população, muitas pessoas não conhecem esse termo. Mesmo assim, certamente você já deve ter visto alguém com seus sintomas, como rigidez muscular, cãibras e espasmos involuntários.

Saber a origem da palavra distonia pode ajudar você a entender melhor o seu significado. “Dis-“ significa alteração ou perda de função, já “-tonia” se refere ao tônus. Quando unimos as duas, estamos nos referindo a uma condição neurológica que causa uma mudança no tônus de um músculo.

Esse processo pode acontecer em qualquer região do corpo e em qualquer idade, apesar de ser mais comum na fase adulta. Quer entender melhor? Acompanhe!

Quais são os sintomas da distonia?

A distonia não é uma doença em si, ela é uma síndrome clínica que pode ser causada por várias doenças diferentes. Então, quando você vai ao consultório de um neurologista com uma queixa de distonia, ele possivelmente vai investigar melhor o seu caso a fim de encontrar uma causa. Quando isso não for possível, ele vai buscar excluir doenças mais graves.

Os sintomas mais característicos da distonia são as contrações musculares involuntárias sustentadas, também conhecidas como espasmos musculares. Em outras palavras, é preciso que esses movimentos anormais ocorram por um tempo razoável e não sejam apenas uma ocorrência passageira.

Em alguns casos, esses espasmos são contínuos, isto é, não melhoram significativamente de forma espontânea. Em outros, podem ser intermitentes — vão e voltam. Assim, podem ficar alguns dias sem acontecer, mas não desaparecem. Além disso, a forma de apresentação dos espasmos pode variar e se parecer com tremores rápidos até movimentos lentos chamados de atetose.

Com o tempo, a distonia pode gerar alterações significativas na vida do indivíduo, provocando uma postura anormal e mudanças na marcha. Para entender melhor os sintomas, os neurologistas vão buscar caracterizá-la de acordo com:

  • início — ela pode acontecer em qualquer idade, mas a causa pode atingir apenas uma faixa etária. Por exemplo, a Doença de Parkinson acomete principalmente idosos, poupando as crianças;
  • distribuição corporal — quais músculos e grupos são acometidos;
  • padrão temporal — frequência, duração e horários do dia em que aparece;
  • presença ou ausência de outros distúrbios de movimento.

Quais são os tipos de distonia?

Primárias ou secundárias

As distonias primárias não são causadas por outra doença, como o Parkinson, elas são a própria doença. Um exemplo muito frequente é a distonia cervical, que atinge os músculos do pescoço. Já as distonias secundárias são desencadeadas por outra doença, como uma infecção ou lesão, por exemplo, o traumatismo craniano.

Segmentares, focais ou generalizadas

As distonias focais atingem apenas uma única parte do corpo, como uma das mãos, um dos braços, uma das pernas, uma das metades da face, entre outros. As distonias segmentares atingem duas ou mais partes que sejam contínuas umas com as outras, como face e pescoço, face superior e inferior, braço esquerdo e metade do tronco esquerdo.

Por sua vez, as multifocais acometem duas ou mais partes do corpo que não são contíguas. Por exemplo, a distonia atinge um dos braços e uma das perdas. Por fim, temos:

  • a hemicorporal, que envolve toda uma metade do corpo. Também é chamada de hemidistonia, sendo que “hemi-” significa metade;
  • generalizada, que envolve mais de duas regiões diferentes do corpo, como membros inferiores, membros superiores e tronco.

Hereditárias, idiopáticas ou adquiridas

As distonias hereditárias são condições genéticas que geralmente se expressam logo na infância e são transmitidas familiarmente devido a determinados genes. Então, possivelmente, outro membro da família também deve ter o problema. Por esse motivo, a suspeita acontece quando o neurologista questiona sobre o histórico familiar e encontra outros casos.

As idiopáticas não apresentam uma causa muito bem definida nem relação com nenhuma outra condição. Então, quando o médico faz uma investigação das mais prováveis causas de distonia e não encontra nenhuma etiologia, ele a classifica como idiopática.

Por fim, temos as adquiridas, as quais surgiram devido a alguma doença ou acidente. Acidentes vasculares cerebrais, traumas e sequelas de infecções podem causar distonia.

O que é distonia: veja exemplos

Distonia generalizada primária

Ela é causada por uma mutação em um gene chamado DYT1. Seus principais sintomas são uma distonia progressiva que começa logo na infância e posturas incomuns sustentadas. Nos casos mais graves, pode ser incapacitante.

Distonia dopa-responsiva

Também é outra distonia hereditária rara. Inicia-se na primeira infância e tem como sintomas mais característicos o acometimento progressivo de braços e pernas, movimentos lentos, dificuldades de equilíbrio e tremor nas mãos durante o repouso. Felizmente, eles são aliviados significativamente por um medicamente chamado levodopa, o que dá origem ao nome da doença.

Distonias focais idiopáticas e adquiridas

Elas podem ser adquiridas devido a doenças, como AVCs ou outras lesões neurológicas. Geralmente, ocorrem mais intensamente durante o movimento, mas, conforme evoluem, geram uma distorção significativa nos membros e uma deficiência incapacitante.

Um tipo de distonia focal muito comum é a ocupacional, que é desencadeada pela execução repetitiva de movimentos especializados no exercício profissional. Alguns exemplos são a distonia do músico e as cãibras do escritor.

Além dela, outro exemplo mais frequente é a distonia cervical, que é o espasmo muscular do pescoço. A pessoa geralmente tem um torcicolo que não melhora ou que vai e volta.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico das distonias é clínico, isto é, feito a partir da avaliação neurológica, sem a necessidade de exames complementares na maioria dos casos. No entanto, para melhor esclarecer algumas causas adquiridas, o profissional pode requisitar algumas imagens ou testes laboratoriais.

A distonia está relacionada ao Parkinson?

Muitos pacientes com Parkinson apresentam uma forma de distonia em algum momento. Ela pode ser um sintoma da própria doença ou um efeito colateral de um dos medicamentos utilizados para o tratamento, a levodopa.

No entanto, grande parte dos casos de distonia ocorre devido a causas idiopáticas e adquiridas não relacionadas ao Parkinson. Desse modo, apresentar distonia não significa ter Parkinson necessariamente ou ter predisposição a ele.

Como é feito o tratamento?

O tratamento varia de acordo com a causa da distonia. Por exemplo, alguns tipos de distonia, como vimos, são responsivas à levodopamina. Outras, por sua vez, respondem melhor a relaxantes musculares ou a injeções de toxina botulínica.

Ir a um neurologista é tão importante justamente por isso. Ele é o profissional recomendado para fazer um diagnóstico preciso da sua distonia e indicar um tratamento mais adequado ao caso, resolvendo o problema de forma eficaz.

Agora que você já sabe o que é distonia, quer entender melhor como funciona o treinamento funcional para os distúrbios do movimento? Então, não perca nosso post sobre o assunto!

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