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Como funciona o cérebro com parkinson?

Como funciona o cérebro com Parkinson?

Como funciona o cérebro com Parkinson?

Muita gente se pergunta o que acontece no cérebro com Parkinson para que tantos sintomas diferentes apareçam. Uma pessoa com Doença de Parkinson pode desenvolver, além dos conhecidos tremores, alterações no comportamento, instabilidade na postura e rigidez muscular.

Diante disso, é muito comum que as pessoas nem sequer suspeitem que o cérebro é a origem de todos os problemas causados pelo Parkinson. Isso dificulta bastante o diagnóstico, pois, antes de irem a um neurologista, procuram ortopedistas, reumatologistas e outros especialistas.

Entretanto, é no sistema nervoso que está a chave para compreender a doença. Afinal, ele controla todos os órgãos, como os músculos e as articulações. Então, quer saber melhor o que causa essa patologia e como tratá-la? Não deixe de acompanhar o nosso post!

O que é a Doença de Parkinson?

Antes de falarmos sobre os sintomas e sua relação com o cérebro, é importante relembrar brevemente o que é o Parkinson. Assim como a Doença de Alzheimer e a Demência Frontotemporal, é uma doença neurodegenerativa.

Quando a origem de uma patologia é degenerativa, isso significa que a sua causa principal é uma deterioração progressiva do sistema nervoso. Não é um evento que causa o surgimento abrupto, como um acidente vascular cerebral (derrame). Além disso, caso não haja um tratamento de controle, a evolução dos sintomas se acelera até comprometer bastante a qualidade de vida do paciente.

Os principais sintomas do Parkinson são motores, como tremores e dificuldade para se equilibrar. Nem todos os pacientes com a doença evoluem para os transtornos neurocognitivos, que têm como principal sintoma a redução das funções cerebrais de um indivíduo nos mais diversos campos, como memória, atenção e coordenação motora.

Nesse sentido, para que o Parkinson seja considerado a causa do déficit cognitivo, os sintomas motores devem ter surgido antes das alterações de comportamento ou capacidade executiva.

Qual é a causa do Parkinson?

Até hoje, não sabemos qual é a causa exata do Parkinson. Acredita-se que seja uma doença multifatorial, isto é, influenciada pela genética, pelo meio ambiente e pelos hábitos de vida. Alguns estudos apontaram influências para o seu desenvolvimento, mas ainda sem nenhuma certeza:

Então, não se expor a esses riscos pode ser uma forma de prevenir o Parkinson. No entanto, é consenso entre os estudos que algumas medidas podem reduzir o risco do desenvolvimento dessa patologia:

Quais são os sinais e sintomas do Parkinson?

Os principais sintomas da doença são quatro, não sendo necessário que todos estejam presentes simultaneamente. Entretanto, atualmente, o maior consenso entre os especialistas é que a lentidão de movimentos (bradicinesia) deve estar presente, associada a algum destes outros sinais e sintomas:

Além disso, se for notada uma evolução progressiva dos sintomas, a suspeita pode ser levantada. Outro ponto importante é saber que o Parkinson é muito mais comum em pessoas acima de 60 anos. A partir dessa idade, o risco da doença pode crescer cerca de 3 a 4 vezes.

Ainda não há nenhum exame reconhecido para diagnosticar definitivamente o Parkinson. Por isso, os neurologistas possivelmente vão usar termos como “diagnóstico provável” ou “altamente provável” de Parkinson.

Alguns exames de laboratório e de imagem do sistema nervoso central estão sendo desenvolvidos e poderão auxiliar o médico no diagnóstico.

Como funciona o cérebro com Parkinson?

Por diversos fatores conhecidos e desconhecidos, começa a acontecer uma degeneração (morte ou deterioração) de alguns tipos de neurônios no nosso cérebro. Os principais deles são os dopaminérgicos, que liberam uma substância conhecida como dopamina. Ela é responsável por diversas funções na transmissão neuronal:

Devido ao acúmulo de uma proteína chamada alfa-sinucleína, que começa a se concentrar no interior dos neurônios e estimula a destruição de partes dessas células, forma-se uma estrutura chamada de Corpos de Lewy, que pode ser vista pelo microscópio após coleta de material cerebral. É esse o exame que confirma o Parkinson após a morte do paciente.

Diante disso, vários outros fenômenos são desencadeados, como a neuroinflamação. Assim, a transmissão nervosa no cérebro com parkinson não acontece adequadamente. Como o cérebro é uma rede de neurônios bastante interligada, o mau funcionamento de um grupo de neurônios pode prejudicar todo o órgão.

Com isso, além dos neurônios dopaminérgicos, podem ser afetados os colinérgicos, adenosinérgicos, glutamatérgicos, gabaminérgicos, noradrenérgicos, serotoninérgicos e histaminérgicos. Todos esses nomes significam que, além dos sintomas motores, podem surgir outros de acordo com o paciente.

Outro fato interessante é que nem todas as regiões do cérebro com parkinson são afetadas da mesma forma. Diferentemente de outras patologias neurodegenerativas, a morte neuronal não é muito intensa no Parkinson. Na verdade, apenas um grupo de neurônios pigmentados, chamados de A9, morrem no curso da doença. Os demais apenas perdem a funcionalidade progressivamente.

A principal região afetada pelo Parkinson é conhecida como substância negra justamente por conter esses neurônios com neuromelanina, que é muito parecida com o pigmento da pele. Assim, eles dão um aspecto escuro à área. A morte desses neurônios torna essa região mais clara, o que pode ser um indicativo de Parkinson quando se analisa o cérebro após o óbito do paciente.

Como é o tratamento?

O tratamento deve ser sempre conduzido por um médico capacitado. Os neurologistas são os especialistas mais recomendados nesses casos. Como não há nada que cure o paciente, ele vai tomar medidas para reduzir os sintomas e desacelerar a progressão.

Assim, podem ser receitados medicamentos para melhorar os tremores, o desequilíbrio e a rigidez muscular. Além disso, quando for possível, ele também vai indicar a alimentação saudável, a prática de exercícios, fisioterapia e psicoterapia.

O cérebro com Parkinson é muito complexo e ainda há muitas descobertas a serem feitas. A grande esperança é que, quando conseguirmos entender por completo o funcionamento da doença, será possível desenvolver estratégias mais eficazes de prevenção e tratamento. Por agora, a melhor atitude que você pode tomar é praticar esportes e se consultar frequentemente com um médico para cuidar da saúde.

Quer saber mais sobre as estratégias de reabilitação cognitiva? Então, confira este post sobre o tema!

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