avaliação neurológica

Avaliação neurológica: por que é tão importante fazer a sua?

A avaliação neurológica é uma modalidade de consulta médica realizada por um neurologista em que ele examina as suas principais funções neurológicas. Assim, pode identificar condições que necessitam de tratamento ou observação, indicar medidas preventivas, realizar exames laboratoriais importantes, entre outras ações.

O objetivo principal, portanto, não é o tratamento de uma doença específica. Você não precisa procurar uma avaliação neurológica apenas nos casos em que existe uma queixa. Ela pode ser feita com a finalidade de prevenção de agravos e de promoção de saúde.

Com isso, você cuida do seu bem-estar no presente e no futuro. Quer entender melhor como ela funciona? Então, continue a leitura do nosso post!

O que é a avaliação neurológica?

A avaliação neurológica é uma consulta médica com o objetivo de fazer uma investigação global do sistema nervoso de uma pessoa. Ela abrange a avaliação:

  • do estado geral de saúde: envolvendo todas as funções orgânicas essenciais para o bem-estar e para a saúde do indivíduo;
  • das funções cognitivas: são as funções cerebrais mais avançadas, como atenção, memória, inteligência, linguagem, entre outras;
  • do estado psíquico: abrangendo os estados de consciência mental e emocional dos indivíduos;
  • do sistema sensorial: que é composto pelos sentidos de tato, olfato, paladar, audição, visão, dor, percepção da temperatura e reações corporais, como os reflexos sensoriais;
  • do sistema motor: abrangendo o tônus e os movimentos dos músculos, o equilíbrio e os reflexos motores.

Para que todos esses pontos sejam investigados com a devida atenção, a avaliação neurológica requer uma sistematização para que o médico não se esqueça de nada. Por isso, geralmente, há 4 etapas:

  • entrevista clínica, também conhecida como anamnese;
  • aplicação de testes cognitivos validados cientificamente;
  • exame físico;
  • propedêutica complementar e retorno médico, que abrangem a requisição e a interpretação de exames pelo neurologista.

Quais são os objetivos da avaliação neurológica e por que ela é tão importante?

Muita gente acha que a avaliação neurológica é apenas para as pessoas que apresentam alguma queixa ou alteração neurológica, como dito. No entanto, ela também é para quem está atualmente saudável, mas quer cuidar melhor da saúde. Isso é especialmente importante para as pessoas que têm uma condição neurológica muito frequente na família (causas hereditárias) e para os idosos.

Promoção de saúde

A promoção de saúde tem como objetivo identificar fatores e promover ações relacionadas à proteção da saúde na vida do paciente. Assim, busca incentivar hábitos saudáveis (protetores), como acompanhamento médico rotineiro, atividade física, alimentação balanceada e rica, estímulos cognitivos, sociabilidade etc. Ao mesmo tempo, objetiva ajudar o paciente a abandonar más práticas, como tabagismo, alimentação excessiva e pobre, sedentarismo, entre outras.

Prevenção de doenças

A prevenção de doenças é parecida com a promoção de saúde, mas é voltada para evitar determinadas condições. Ela pode seguir as práticas gerais explicadas acima ou ser mais específica. Por exemplo, pacientes com colesterol e triglicérides muito altos podem precisar tomar medicamentos para reduzir os níveis de gordura no sangue. Assim, estão prevenindo a ocorrência de doenças neurológicas, como o acidente vascular cerebral.

Identificação e tratamento de doenças

Além disso, a avaliação pode trazer a identificação precoce de doenças neurológicas, como:

  • tumores benignos e malignos;
  • lesões cerebrais agudas e crônicas;
  • alterações vasculares;
  • doenças neurodegenerativas;
  • infecções;
  • neuropatias causadas por doenças crônicas, como o diabetes mellitus;
  • transtornos neuropsíquicos, como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e o Transtorno do Espectro Autista.

Como funciona cada etapa da avaliação neurológica?

A avaliação neurológica é bem complexa, mas é necessária para garantir o cuidado completo do paciente. Veja cada uma das etapas a seguir.

Entrevista clínica (anamnese)

Essa é a base da avaliação médica. Nela, o paciente expressa todas as suas queixas, os sintomas, as preocupações e as expectativas de saúde para que o médico possa iniciar a investigação. Os elementos avaliados são:

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  • história da moléstia atual — diante de cada queixa e sintoma trazido, o médico busca entender a evolução dos sintomas no tempo, no espaço e no próprio indivíduo;
  • revisão dos sistemas — é a análise da saúde e da funcionalidade de cada sistema do corpo, como o circulatório e o respiratório;
  • antecedentes de saúde — abrange doenças, cirurgias, vacinação, alergias, procedimentos, além de outras condições e tratamentos médicos anteriores;
  • história familiar — envolve as doenças presentes nos familiares mais próximos e a relação do paciente com a sua família;
  • história social — é o contexto cultural, econômico e comunitário do indivíduo.

A partir dessa avaliação, o profissional poderá montar uma imagem mais precisa da condição que você apresenta e chegar a um diagnóstico de saúde com mais propriedade. Por exemplo, um mesmo sintoma, como sonolência, pode estar relacionado a causas psiquiátricas, neurológicas, respiratórias, cardiológicas ou oncológicas. As perguntas sobre o humor, o fôlego, a alimentação, entre outras, podem ajudar a montar um quadro com mais precisão.

Testes cognitivos

Os testes cognitivos são avaliações padronizadas para identificar determinadas funções cognitivas importantes para o nosso dia a dia, como:

  • linguagem;
  • cálculo;
  • evocação;
  • orientação espacial e temporal;
  • memória;
  • inteligência;
  • atenção.

A partir deles, é possível identificar alterações funcionais que levam ao diagnóstico de doenças degenerativas, metabólicas etc.

Exame físico

O exame físico é uma ferramenta importantíssima para o diagnóstico de condições médicas. Você sabia que grande parte das doenças pode ser diagnosticada apenas com uma boa entrevista acompanhada de um exame físico, sem a necessidade de nenhum outro procedimento? No entanto, para o seu sucesso, é preciso que eles sejam realizados por um profissional especializado e capacitado.

No exame físico, o neurologista faz uma investigação completa da saúde corporal do indivíduo, com especial atenção às funções neurológicas do paciente. Para isso, ele segue quatro etapas padronizadas:

  • inspeção — é o olhar atento a toda a superfície corporal interna e externa a fim de identificar sinais ou lesões. Ela começa assim que o médico vê o paciente e observa a sua marcha, o seu estado mental e a sua postura;
  • percussão — com batidas manuais ou com instrumentos, o neurologista pode avaliar os reflexos do paciente, o som das cavidades e a sensibilidade;
  • palpação — com as mãos, o neurologista avalia alterações na superfície da pele e nas camadas mais profundas do corpo;
  • ausculta — com o auxílio do estetoscópio, o profissional ouve sons que podem indicar alterações.

Assim, os principais instrumentos são os próprios sentidos (o tato, a audição, o olfato e a visão). Além disso, ele vai usar equipamentos simples, como um martelo emborrachado, o oftalmoscópio, diapasão entre outros. A experiência é imprescindível para associar os achados a um diagnóstico possível. Por esse motivo, um neurologista passa por mais de 3.000 horas de treinamento especializado antes de se formar.

Essa análise permite a identificação de doenças neurológicas e de outras condições em outros órgãos que podem causar disfunções neurológicas. Por exemplo, a insuficiência do coração pode impedir a oxigenação adequada do cérebro, causando a perda de sensibilidade nas extremidades.

Exames complementares e retorno

Após fazer toda essa avaliação profunda, o neurologista pode necessitar de exames laboratoriais e de imagem para chegar a um diagnóstico mais preciso. Então, ele vai fazer um pedido para que você vá a um centro especializado e os realize. Diante do resultado, você voltará para uma consulta de retorno.

Por meio do raciocínio clínico acumulado pela capacitação e pela experiência profissional, ele vai associar todos os achados encontrados na avaliação neurológica para chegar a um panorama completo do seu estado de saúde global e neurológico.

Com tudo isso que você viu, fica fácil compreender a importância da avaliação neurológica, não é mesmo? Ela é uma ferramenta importantíssima para a promoção da saúde, a prevenção, a identificação e o tratamento de doenças. No entanto, é importante que seja conduzida por um profissional experiente, qualificado, bem conceituado no mercado e devidamente registrado como neurologista no Conselho Federal de Medicina.

Quer realizar uma avaliação neurológica completa com um neurologista que apresenta todos esses requisitos, além de oferecer um atendimento atencioso e humanizado? Entre em contato com o Dr. Matheus Trilico!

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