FATORES DE RISCO PARA DEMÊNCIA
Quais os fatores de risco e como prevenir demência? Essa é uma das perguntas mais comuns no consultório do neurologista quando se trata da memória. Portanto, é extremamente deixar claro:
Não há como prever com certeza quem desenvolverá demência!
Cada forma de demência tem seus próprios fatores de risco, mas a maioria das formas compartilha fatores de risco em comum, sendo eles:
Idade
O maior fator de risco para demência é a idade: a demência é rara em pessoas com menos de 60 anos e se torna mais comum em pessoas a partir de 80 anos. Por exemplo, a demência afeta aproximadamente uma em cada seis pessoas entre 80 e 85 anos; uma em cada três acima dos 85 anos e quase metade das pessoas com mais de 90 anos.
História familiar
Algumas formas de demência têm um componente genético, o que significa que elas tendem a ocorrer nas famílias. Ter um familiar próximo com Doença de Alzheimer, por exemplo, aumenta suas chances de desenvolvê-la – mas não significa que necessariamente isso irá acontecer. Pessoas com parente de primeiro grau (pai ou irmão) têm maior chance de desenvolver a doença.
Parece ser possível que um gene chamado APOE epsilon4 aumente a probabilidade de uma pessoa desenvolver a Doença de Alzheimer. Mas mesmo entre os indivíduos com esse gene, apenas aproximadamente metade desenvolveu a doença aos 90 anos, sugerindo que outros fatores também estão envolvidos e são de extrema importância. Por isso, atualmente, o teste de rotina para esse gene não é recomendado.
Outros fatores
Estudos indicam que pressão alta, tabagismo e diabetes podem ser fatores de risco para demência. Os especialistas ainda não sabem ao certo como o tratamento desses problemas pode influenciar seu risco de desenvolver demência em si, porém sabe-se que melhora o risco cerebrovascular e, com isso, acredita-se poder reduzir o risco para demência.
Parafraseando a máxima: “corpo são, mente sã”. Fatores de estilo de vida também foram implicados na demência. Por exemplo, pessoas que permanecem fisicamente ativas, conectadas socialmente e mentalmente comprometidas parecem menos propensas a desenvolver demência do que as que não o fazem. Essas atividades podem produzir mais reserva cognitiva (mental) ou resiliência, atrasando o surgimento dos sintomas até uma idade mais avançada.
COMO PREVENIR DEMÊNCIA?
Um grande estudo sobre como prevenir demência sugere que até 35% dos casos de demência poderiam ser evitados controlando-se 9 fatores de risco:
- Perda auditiva nos adultos
- Obesidade
- Hipertensão
- Depressão tardia
- Tabagismo
- Sedentarismo
- Diabetes
- Isolamento social
- Baixa escolaridade
Ainda, tem-se buscado suporte para alguns medicamentos e polivitamínicos na prevenção da demência; todavia, não há recomendação precisa sobre seu uso. Portanto, o melhor mesmo é manter hábitos de vida saudáveis com controle de suas doenças, atividade física regular, alimentação saudável e formas de manter o cérebro ativo (jogos, convívio social entre outros). Aqui, corpo e cérebro andam juntos!
Quer saber mais? Converse com seu neurologista!