Diagnóstico da Doença de Alzheimer

Como é feito o diagnóstico da Doença de Alzheimer?

Existem algumas doenças que não são tão simples de identificar, pois podem se confundir com diversas outras. Esse é o caso do diagnóstico da Doença de Alzheimer, que é feito por exclusão.

Entender como é o processo para saber se um indivíduo realmente está com Alzheimer é importante para procurar um profissional adequado logo no início dos sintomas. Essa atitude é fundamental para evitar complicações e tentar adiar os avanços da doença.

Por isso, neste post, vamos explicar como ocorre o diagnóstico da Doença de Alzheimer, apresentando os principais exames envolvidos no processo. Acompanhe para saber mais!

Quais são os principais sintomas do Alzheimer?

Os sintomas do Alzheimer, muitas vezes, são confundidos com outras doenças ou podem ser vistos como um processo natural do envelhecimento. Por essa razão, é importante consultar um neurologista assim que notar a presença de alguns desses sinais que citaremos a seguir.

Além disso, é preciso ressaltar uma característica muito importante do Alzheimer: essa é uma doença que avança para estágios mais graves e ainda não existe um método para contê-la.

Desse modo, o tratamento consiste no controle dos sintomas e na tentativa de retardar a evolução do transtorno. No geral, após ser diagnosticada, uma pessoa pode conviver com os sintomas por cerca de 8 a 10 anos.

Entenda como se dá o avanço da Doença de Alzheimer e quais são os sintomas mais comuns:

  • estágio 1 lapsos de memória (principalmente de curto prazo) frequentes, mudanças de personalidade (irritabilidade), alteração da noção de espaço e problemas visuais;
  • estágio 2 — insônia, perda de memória remota, falta de coordenação dos movimentos, dificuldade em realizar as atividades do dia a dia e problemas de fala;
  • estágio 3 — incontinência urinária e fecal, dificuldade para mastigar e engolir, incapacidade de realizar tarefas cotidianas por conta própria, problemas motores avançados (nesse estágio, é necessário o uso de fraldas e, muitas vezes, a ajuda de um enfermeiro durante o dia);
  • estágio 4 — infecções recorrentes, incapacidade de fala (mutismo), grande incômodo na deglutição.

A partir do terceiro estágio da doença, o indivíduo perde a sua autonomia e requer cuidados médicos constantes. Por isso, é indicado acompanhamento multidisciplinar para ajudar a realizar as tarefas mais simples. Além disso, a partir desse momento, o paciente não pode mais morar sozinho.

Já no estágio 4, a parte mais avançada da doença, a pessoa geralmente fica acamada. Como tem muita dificuldade para engolir, a sonda para alimentação pode ser indispensável. Além do mais, na maioria dos casos, é necessária a internação para tratar as infecções que surgem frequentemente.

Uma das maneiras de os familiares ajudarem uma pessoa com Alzheimer é identificando os primeiros sintomas, como quando o indivíduo tem dificuldade de manter uma conversa, esquece-se de eventos que ocorreram recentemente, faz a mesma pergunta várias vezes, começa a se perder em ruas conhecidas, passa a apresentar problemas para dirigir e começa a ter um comportamento mais agressivo.

Nesse caso, é preciso ter o acompanhamento de um médico especialista para que se dê início ao diagnóstico. É importante não naturalizar qualquer um desses sinais, como se fossem apenas indício de envelhecimento. Essas atitudes serão fundamental para o bem-estar e para a qualidade de vida do paciente.

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Como ocorre o diagnóstico da Doença de Alzheimer?

A princípio, é preciso entender que o diagnóstico da Doença de Alzheimer só é devidamente provado com a análise microscópica do tecido cerebral da pessoa afetada, e isso não pode ser realizado enquanto ela está viva. Sendo assim, o procedimento para identificar esse transtorno será totalmente clínico, feito por meio de exclusão da possibilidade de ser outra doença neurológica (como outros tipos de demência, tumores, alterações metabólicas dentre outras que têm sintomas iniciais semelhantes).

Desse modo, será realizada uma bateria de exames para avaliar a condição física, nutricional, neurológica, psicológica e cognitiva do paciente. A seguir, confira quais são os principais procedimentos para o diagnóstico da Doença de Alzheimer.

Histórico

O histórico médico de um paciente é fundamental para avaliar os sintomas. Saber se ele não toma alguma medicação que possa afetar as suas funções cognitivas também será de grande utilidade.

Além disso, o histórico familiar é um fator de risco para o Alzheimer. Dessa maneira, indivíduos que têm algum parente próximo que teve ou tem a doença estão mais suscetíveis. Outro fator é o baixo nível de escolaridade — pessoas que não executam atividades cerebrais mais complexas, por exemplo, são mais propensas a terem esse transtorno.

Fatores que também influenciam são doenças crônicas (por exemplo, obesidade, sedentarismo, diabetes e hipertensão), depressão, tabagismo e alcoolismo. Por isso, todas essas questões devem ser analisadas.

Testes laboratoriais

Outras doenças também podem provocar sintomas semelhantes aos dos estágios 1 e 2 do Alzheimer, como deficiência de vitaminas, alterações metabólicas, infecções, anemia, distúrbios hepáticos, problemas na tireoide, reações a medicamentos, entre outros. Por essa razão, devem ser feitos exames laboratoriais (sangue e, às vezes, fezes e urina) para excluir essas hipóteses.

Tomografia computadorizada

Descartadas as hipóteses com os exames laboratoriais, chegou a hora de checar a saúde neurológica. Um dos métodos de imagem não invasivos mais utilizados é a tomografia computadorizada, que permite visualizar o crânio, tal como os detalhes do tecido cerebral, podendo encontrar alterações.

Não é possível identificar a neurodegeneração causada pelo Alzheimer com essa técnica. No entanto, é possível eliminar hipóteses como tumores cerebrais, acidente vascular cerebral (AVC), entre outros.

Ressonância Magnética (RM)

Esse é outro exame de imagem não invasivo que permite avaliar com mais precisão o estado de órgãos internos, como o cérebro. A ressonância ajuda a excluir a possibilidade de alguns tipos de demência e é capaz de mostrar indícios de perda de tecido cerebral.

Avaliação cognitiva

Como vimos, o Alzheimer afeta gravemente a cognição de uma pessoa. Por isso, para realizar o diagnóstico, é necessário fazer testes cognitivos e neuropsicológicos para avaliar características como humor, memória, orientação espacial, lógica, concentração, linguagem e capacidade visual.

Como você pôde perceber, um neurologista é o profissional indispensável para realizar o diagnóstico da Doença de Alzheimer, indicar os exames mais eficientes, oferecer um tratamento adequado para aliviar os sintomas e fazer o acompanhamento do paciente e da evolução do quadro.

Quer saber mais sobre o assunto? Então, entre em contato conosco para tirar todas as suas dúvidas!

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