O que são as doenças neuromusculares, suas causas e tratamentos. Conheça 2 principais!

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Doenças Neuromusculares Neurologista Em Curitiba

As doenças neuromusculares são aquelas que afetam o sistema neuromuscular, isto é, tanto o sistema nervoso e os músculos como a comunicação entre eles. Com isso, a pessoa pode apresentar uma gama ampla de sintomas, como:

Uma das principais ações do médico para guiar o raciocínio será descobrir, por meio de uma avaliação neurológica completa, a localização provável da lesão que provoca os sintomas.

A partir disso, ele pode indicar exames de laboratório e imagem para diagnosticar a condição corretamente. Por esse motivo, a consulta com um especialista experiente, o neurologista, é essencial. Quer entender melhor? Acompanhe!

O que causa as doenças neuromusculares?

Por se tratar de um grande grupo de condições, as causas também variam bastante. Em alguns casos, inclusive, a ciência médica ainda não encontrou a origem do problema e as pesquisas ainda estão em andamento. No entanto, de forma geral, podemos citar alguns grupos principais.

Causas genéticas

Há dois tipos de doenças genéticas — as hereditárias e as mutações novas. Nas primeiras, o gene anormal é herdado dos familiares, que, por diversos motivos, podem nunca ter expressado a doença, mas foram capazes de transmiti-la aos herdeiros.

Já as mutações novas ocorrem aleatoriamente durante a vida do indivíduo, podendo ser desencadeadas por hábitos de vida, exposição a substâncias, entre outros motivos.

Causas autoimunes

Também é outra causa bastante comum. Nelas, o sistema imunológico começa a atacar os neurônios ou os músculos, provocando inflamação e destruição. Nesses casos, podem ocorrer outros sintomas como febre e mal-estar.

O tratamento pode ser bastante complexo e envolve inicialmente a administração de anti-inflamatórios específicos prescritos pelos médicos. Jamais tente a automedicação, pois isso compromete as chances de sucesso na remissão da doença.

Causas neurodegenerativas

Por diversos motivos, os neurônios que participam da transmissão do sinal muscular começam a entrar em um processo progressivo de morte ou perda irreversível de funcionalidade.

Consequentemente, o paciente acometido pode sofrer com paralisias, dores neuropáticas e espasmos que pioram e evoluem para outros sintomas. Nesse caso, a intervenção médica é feita para trazer mais funcionalidade ao indivíduo e retardar a evolução da doença.

Causas infecciosas

Os microrganismos ou a reação inflamatória para combatê-los podem causar lesões neuromusculares. Elas são potencialmente reversíveis caso o tratamento seja realizado no momento certo.

Causas idiopáticas

Quando a medicina não encontra uma causa para determinada condição, dizemos que essa doença é idiopática. Isso não significa que ela surge “do nada”. Simplesmente, ainda não foi possível identificar sua origem.

Quais são as principais doenças neuromusculares?

A apresentação dos sintomas e o prognóstico das diferentes doenças neuromusculares varia muito. Elas abrangem desde condições reversíveis rapidamente, como miopatias e neuropatias inflamatórias transitórias, até transtornos neurodegenerativos e autoimunes que levam à perda total de movimentos e ao óbito.

Entretanto, mesmo nesses casos, o diagnóstico precoce e as intervenções corretas podem retardar a evolução da doença. Isso permite que o indivíduo viva muito mais tempo com qualidade e bem-estar.

Vamos falar sobre as principais a seguir!

Esclerose lateral amiotrófica (ELA)

Essa doença neuromuscular ficou bastante famosa há alguns anos devido ao desafio do balde de gelo. Vários famosos jogaram um balde de gelo em si mesmos para chamar atenção das pessoas a fim de financiar as pesquisas sobre a doença. Ela acometeu um dos maiores físicos de todos os tempos, Stephen Hawking, que, devido à evolução dela, perdeu os movimentos e a fala.

Essa desordem neuromuscular ataca os neurônios do cérebro e da medula espinhal. Como explicamos, são eles que transmitem mensagens para iniciar e coordenar os movimentos. Na ELA, um grupo é especialmente afetado — aquele relacionado aos movimentos voluntários, isto é, que você controla.

Os sintomas começam de forma leve e afetam apenas os movimentos totalmente voluntários, como os dos músculos dos membros superiores e inferiores, nos braços e nas pernas, por exemplo. Assim, o quadro é tão leve que a pessoa pode não ficar preocupada a ponto de se consultar com um neurologista.

Progressivamente, o paciente perde cada vez mais sua força, seu tônus muscular e o controle dos movimentos. Por fim, não consegue se mover. Então, a doença começa a afetar os músculos com controle misto, que funcionam involuntariamente, mas podem ser controlados, como o diafragma (que expande os pulmões) e as cordas vocais.

Quando isso acontece, a pessoa não consegue respirar e precisa de uma máquina de respiração assistida. Apesar de isso ajudar, a maioria das pessoas com ELA falece devido à insuficiência respiratória (dificuldade grave de respirar) e complicações associadas, como as pneumonias.

Infelizmente ainda sem cura, a ELA atinge principalmente indivíduos entre 40 e 60 anos. No entanto, isso não é regra, podendo acometer quaisquer pessoas desde a juventude até a terceira idade.

Distrofia muscular

A distrofia muscular (DM), na verdade, é um grande grupo de doenças neuromusculares hereditárias com uma característica comum — perda abrupta ou progressiva da força muscular e do tônus. Elas atingem pessoas de todas as idades — algumas formas de DM surgem na primeira infância, enquanto outras se manifestam depois da meia-idade.

Mesmo com esse traço comum, os sintomas podem variar bastante em relação a:

  • grupos musculares que afetam;
  • tipo de paralisia — se é flácida (com perda de tônus muscular) ou rígida (com ganho de tônus muscular);
  • presença de movimentos involuntários;
  • sintomas associados, como febre e depressão.

Um médico experiente pode chegar a um diagnóstico preciso em menos tempo a partir dessas características clínicas.

Outra característica importante é a progressividade — todos os sintomas de distrofia pioram rapidamente à medida que os músculos da pessoa ficam mais fracos. Nesse sentido, no caso das crianças, é muito comum que as mães relatem que o filho estava brincando e, pouco tempo depois, foi levado para uma internação permanente em um hospital.

Também não há cura para a distrofia muscular. Os tratamentos são suportivos — ajudam a reduzir ou retardar os sintomas e as complicações, mas não evitam a progressão da doença. Isso pode incluir:

  • medicamentos;
  • fisioterapia;
  • fonoaudiologia;
  • órteses e aparelhos ortopédicos;
  • cirurgia;
  • suporte ventilatório não-invasivo ou invasivo;
  • terapia intensiva.

O prognóstico também varia. Algumas pessoas ficam apenas com sequelas leves, enquanto outras evoluem para quadros incapacitantes.

Em todos os casos, o paciente recebe o melhor tratamento para as doenças neuromusculares quando tem o acompanhamento de um neurologista. Quanto antes a pessoa procura a ajuda médica, maiores são as chances de sucesso no alívio ou controle dos sintomas. Um bom especialista faz uma avaliação neurológica completa e indica o melhor plano terapêutico.

Quer saber mais sobre as doenças neuromusculares? Então, entre em contato conosco!

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