A Doença de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa caracterizada pela deterioração progressiva das células neuronais, responsáveis pela produção da dopamina — substância química associada ao movimento muscular voluntário.
A patologia é popularmente associada aos tremores involuntários, embora nem sempre o paciente apresente esse sintoma. Algumas outras manifestações da doença incluem rigidez e enrijecimento muscular, alteração na marcha (marcha arrastada), má postura, dores e problemas de equilíbrio.
Prevalente na população idosa, a Doença de Parkinson não tem cura, e seus sintomas tendem a aumentar conforme o tempo. No entanto, existem algumas formas de retardar o avanço da doença, reduzindo os sintomas e garantindo mais qualidade de vida.
Neste artigo, vamos mostrar para você como acontece a evolução da Doença de Parkinson e o que pode ser feito para retardá-la. Aproveite o conteúdo e boa leitura!
Como acontece a evolução da Doença de Parkinson?
A velocidade da evolução da doença de Parkinson depende do quão precoce ou tardio foi o seu diagnóstico. O progresso é separado em 3 fases, de acordo com a gravidade dos sintomas. Confira abaixo quais são.
Fase inicial
Na fase inicial, os sintomas são leves e, geralmente, não atrapalham o dia a dia do paciente. Além disso, a resposta à medicação para reduzir os sintomas costuma ser boa.
Fase intermediária
Já na fase intermediária os sintomas ficam mais fortes e a resposta à medicação deixa de ser tão satisfatória como na fase inicial.
Nesse estágio, o paciente parkinsoniano começa a sentir dificuldade em realizar as tarefas do dia a dia. No entanto, com o tratamento e cuidados adequados, ainda é possível conviver com a doença e ter independência.
Fase final
Por fim, na fase final acontecem as complicações mais graves da patologia, como dificuldade para engolir, controlar os esfíncteres e, até mesmo, ficar em pé, uma vez que a rigidez avançada pode comprometer equilíbrio.
Nessa etapa, o cuidado de terceiros é necessário. Além disso, é comum que os pacientes na fase final apresentem quadros de demência e sofram com os efeitos colaterais dos medicamentos utilizados para diminuir os sintomas.
O que pode ser feito para retardar a evolução da doença?
Retardar o avanço da doença de Parkinson é essencial para garantir que o paciente responda melhor e por mais tempo ao tratamento. Veja abaixo algumas medidas que podem atrasar a evolução da patologia.
Atividade física
Além de fortalecer os músculos, ajudando a conservar a força e a flexibilidade, a prática regular de atividade física ajuda a retardar a degeneração das células dopaminérgicas, impedindo o acúmulo de proteínas nocivas para elas no cérebro.
Além disso, movimentar o corpo regularmente também produz uma substância chamada neurotrofina, associada à neuroplasticidade — que, por sua vez, é a capacidade de o cérebro de criar conexões, adaptando-se a novas situações.
Uso de medicamentos
Atualmente, alguns estudos apontam para medicamentos que possam retardar a evolução da doença. Uma dessas substâncias em investigação é a exanatide, utilizada para diabetes. Diversas outras opções estão sendo estudadas, porém carecem de resultados seguros ainda.
Adoção de hábitos saudáveis
Por fim, os hábitos saudáveis também ajudam a diminuir a velocidade da deterioração dos neurônios. Uma alimentação balanceada e rica em antioxidantes, por exemplo, impede a ação dos radicais livres, que podem lesar as células neuronais e promover sua degradação.
Como falamos, o diagnóstico precoce é essencial para retardar o avanço da doença. Por isso, faz toda diferença contar com ajuda especializada desde o começo!
O Dr. Matheus Trilico é referência em neurologia na região de Curitiba e, além da qualidade do atendimento, um dos seus principais diferenciais é o foco no atendimento humanizado!
Assim, você viu que a evolução da Doença de Parkinson acontece progressivamente, conforme há a perda neuronal, e que retardar este processo é essencial para preservar a qualidade de vida do paciente.
Viu também algumas formas de desacelerar esse processo e também entendeu a importância de contar com ajuda médica especializada!
Gostou do artigo? Se quiser saber mais sobre a Doença de Parkinson, entre em contato conosco e veja como podemos ajudar!
Dr. Matheus Trilico é neurologista referência no diagnóstico e acompanhamento de TEA e TDAH em adultos. Formado em medicina pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA) e com residência em Neurologia pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR) e mestre também pela UFPR. Além de atuar como neurologista em consultório privado e no Sistema Único de Saúde (SUS), realiza também atividades acadêmicas. Dr. Matheus Trilico acredita que o ser humano precisa conhecer bem sua saúde e, por isso, transmite as informações sobre o quadro clínico de forma clara e didática, reafirmando seu compromisso com a exímia relação médico-paciente. Amante da tecnologia, busca utilizá-la para agregar conhecimento e facilitar a vida dos pacientes, mas sem perder seu foco: o humanismo e a qualidade do atendimento médico.
CRM 35.805/PR – RQE 24.818