Conheça 5 benefícios do treinamento funcional na Doença de Parkinson

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treinamento funcional

A Doença de Parkinson é um distúrbio neurológico que promove a morte progressiva de algumas células do sistema nervoso central. Isso implica, por exemplo, na queda da produção de dopamina — um neurotransmissor relacionado ao controle do movimento muscular — comprometendo a mobilidade do paciente.

Um dos sintomas mais populares da patologia é o tremor involuntário — embora essa manifestação nem sempre aconteça e possa ter outras causas. Mas outros sintomas incluem rigidez, lentidão, alteração na marcha, problemas de equilíbrio, perda de expressão facial e dores musculares.

A Doença de Parkinson não tem cura e seus sintomas tendem a aumentar progressivamente. Em estágios mais graves, o paciente pode apresentar dificuldade para realizar atividades essenciais — como falar e engolir — e mostrar sintomas de demência. Além disso, conforme a doença progride, a resposta ao tratamento é cada vez menor.

Por isso, quando falamos em bem-estar e qualidade de vida do paciente parkinsoniano, é fundamental adotar medidas para minimizar os sintomas e retardar o avanço da doença. Nesse cenário, a atividade física é uma grande aliada.

No artigo de hoje, você vai entender a importância da atividade física, conhecer cinco benefícios do treinamento funcional e ver como as pessoas com Doença de Parkinson podem se exercitar com segurança. Confira!

O que é treinamento funcional?

O treinamento funcional é uma modalidade de exercício que estimula os movimentos naturais do corpo, trabalhando vários músculos de uma vez. Seu principal objetivo é melhorar o condicionamento físico, aumentando a qualidade de vida.

A Doença de Parkinson é mais incidente na população idosa. Desse modo, e devido à própria condição da doença, o treinamento funcional precisa ser adaptado às necessidades desse grupo.

Em geral, as atividades mais recomendadas incluem caminhada, nado e bicicleta de quatro a cinco vezes por semana. No entanto, no contexto da Doença de Parkinson, é importante salientar que nenhuma recomendação é universal — todos os exercícios dependem muito do estágio da doença. Praticá-los sem orientação médica pode ter um efeito maléfico e expor o paciente ao perigo.

Qual é a ação da atividade física no cérebro do paciente parkinsoniano?

Como explicamos, a Doença de Parkinson promove a degradação gradual das células nervosas que produzem dopamina, um neurotransmissor essencial no controle dos movimentos voluntários. Os exercícios físicos retardam um pouco essa deterioração, estimulando as células dopaminérgicas.

Além disso, o treinamento funcional aumenta a plasticidade das vias neurais, promovendo um aprendizado de movimento. Na prática, isso melhora a funcionalidade dos movimentos e beneficia a função cognitiva do paciente.

Quais são os benefícios do treinamento funcional para quem tem Doença de Parkinson?

O treinamento funcional aumenta a qualidade de vida e previne o surgimento de doenças secundárias. Confira abaixo!

1. Melhora a performance motora

Um dos principais benefícios do treinamento funcional é otimizar a performance motora do paciente, diminuindo a rigidez muscular, aumentando a flexibilidade e reduzindo o tremor

Na prática, ele permite que o paciente caminhe com mais segurança, conserve a força e preserve a funcionalidade dos movimentos por mais tempo. Além disso, a redução da rigidez muscular também ajuda a prevenir deformidades como as contraturas, que podem ser causadas pela rigidez.

2. Proporciona mais autonomia

Como mostramos, a Doença de Parkinson é progressiva — conforme acontece a degradação neuronal, o paciente apresenta mais sintomas, o que danifica a capacidade de controlar os movimentos voluntários.

Desse modo, o treinamento funcional é essencial porque melhora e ajuda a preservar a mobilidade do indivíduo. Isso dá mais amplitude aos movimentos e permite que o paciente tenha mais segurança na hora de realizar as atividades do dia a dia.

3. Melhora o desempenho cardiovascular

A atividade física também fortalece o sistema cardiovascular, melhorando a capacidade respiratória e reduzindo as chances de o paciente desenvolver doenças secundárias, como a hipertensão.

4. Auxilia na redução do cansaço

Ao melhorar a capacidade respiratória, a prática regular de exercícios também ajuda a aumentar a resistência do indivíduo, diminuindo a fadiga, que é uma queixa comum dos pacientes parkinsonianos. Assim, melhora sua qualidade de vida como um todo.

5. Treinamento Funcional diminui sintomas de ansiedade e depressão

O treinamento funcional regular proporciona uma sensação de bem-estar e relaxamento. Isso melhora os sintomas de depressão e ansiedade que podem surgir, ajudando o paciente a ter mais otimismo e motivação.

Por outro lado, embora o treinamento funcional ajude na redução do cansaço e dos sintomas de ansiedade e depressão, começar a praticar exercícios pode ser um desafio para quem tem Doença de Parkinson.

Essa dificuldade pode criar um ciclo, em que o paciente não se exercita porque se sente cansado e desmotivado e, consequentemente, continua se sentindo dessa forma.

Para amenizar essa situação, é importante contar com o apoio humanizado. Quando for possível, também é interessante manter contato com grupos parkinsonianos voltados à prática de atividade física. Um dos maiores desafios do treinamento é que existem poucas aulas projetadas para pessoas com essa condição, portanto, a interação social é pequena.

Além disso, o diagnóstico precoce da doença mantém o paciente mais motivado, pois aumenta a efetividade dos tratamentos.

Como as pessoas com Doença de Parkinson podem se exercitar com segurança?

Os sintomas, assim como suas intensidades, diferem em cada organismo e variam de acordo com a progressão da Doença de Parkinson. Por isso, para garantir um treinamento funcional eficiente e seguro, é importante considerar individualmente as necessidades de cada paciente.

Desse modo, é de extrema importância que o treinamento funcional seja orientado por profissionais de acordo com as características de cada indivíduo.

Se um paciente apresenta problemas de equilíbrio, por exemplo, exercícios que envolvem esteiras não são recomendados. Além disso, a musculação pode acentuar a rigidez muscular em pacientes com esse sintoma em vez de aumentar a força.

Por isso, para usufruir dos benefícios do treinamento funcional com segurança, é muito importante procurar um neurologista e passar por uma avaliação médica com um especialista de confiança.

Você entendeu o que é o treinamento funcional e como ele pode ser benéfico para quem tem Doença de Parkinson. Ele retarda o avanço da doença, melhora a performance motora, reduz os sintomas e proporciona mais qualidade de vida.

Além disso, também viu que, para se exercitar com segurança, é fundamental contar com o acompanhamento de um profissional especializado.

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