Angiopatia amiloide cerebral tem cura? Descubra mais sobre essa doença e saiba como se cuidar!

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Angiopatia Amiloide Cerebral tem cura

A angiopatia amiloide cerebral (AAC) é causadora de boa parte dos acidentes vasculares cerebrais não traumáticos e hemorragias cerebrais primárias em pacientes com pressão arterial dentro da normalidade (normotensos) e idosos. Ela também parece ter uma relação estreita com a Doença de Alzheimer através da proteína amiloide. 

Quer entender melhor sobre a doença e descobrir se a angiopatia amiloide cerebral tem cura? Então este texto é para você!

O que é a angiopatia amiloide cerebral?

A angiopatia amiloide cerebral é uma doença em que há uma produção e depósito de proteína beta amiloide nas paredes das artérias de pequeno e médio porte com consequente alteração vascular degenerativa, além da leptomeninge (uma das camadas que recobrem o sistema nervoso). Esse acúmulo de tal proteína tem característica degenerativa e faz com que a doença seja responsável por até 10% das hemorragias cerebrais espontâneas em idosos, além de alterações cognitivas.

A AAC é idade-dependente e raramente acomete pessoas com menos de 60 anos, sendo mais comum em pacientes com demência quando comparados àqueles sem comprometimento neurocognitivo. Mas, e como identificar a doença? Continue lendo que vamos mostrar os principais sintomas a seguir!

Quais os sintomas da angiopatia amiloide cerebral?

A manifestação clínica mais comum da angiopatia amiloide cerebral é a hemorragia cerebral lobar espontânea, que se refere à localização do sangramento mais próximo da superfície do cérebro. Esse local é diferente do sangramento causado pela hipertensão arterial, que geralmente afeta as partes mais profundas do cérebro. Ainda, essa localização é mais comum na AAC devido à distribuição dos depósitos de proteína amiloide nesses vasos sanguíneos cerebrais.

Os sinais e sintomas de sangramento relacionado à angiopatia cerebral amiloidótica variam dependendo do tamanho e localização da lesão. Grandes hemorragias podem levar à perda de força de um lado do corpo e alterações na consciência (confusão, sonolência e até coma). Em comparação, hemorragias menores podem causar déficits neurológicos mais sutis ou até mesmo nenhum sintoma!

Os sangramentos são graves?

A gravidade do sangramento cerebral na angiopatia amiloide depende do seu tamanho e localização. Ainda, outras características clínicas do próprio paciente também podem se relacionar com um desfecho favorável ou não. 

Características favoráveis, que denotam menor gravidade, são a localização superficial, tamanho pequeno e o fato de não envolver os ventrículos cerebrais. Características desfavoráveis nesse tipo de sangramento são a idade avançada do paciente, hematoma de grande tamanho ou que acometa os ventrículos cerebrais.

Angiopatia amiloide cerebral pode afetar a memória?

De uma forma bastante simplificada, podemos dizer que sim. Já se sabe que a AAC avançada está associada a alterações cognitivas, como a Doença de Alzheimer e outros transtornos neurocognitivos. Todavia, o mecanismo exato pelo qual a angiopatia amiloide cerebral contribui para esse declínio cognitivo ainda é desconhecido.


Estudos mostram que os sintomas mais comumente relatados são redução na velocidade de processamento, prejuízo da memória episódica e semântica, redução da atenção e disfunção executiva, além de comprometimento cognitivo global. Mais recentemente, foram relatados também sintomas psiquiátricos, como alterações de personalidade, distúrbios comportamentais e depressão

Como diagnosticar a angiopatia cerebral amiloidótica?

Pode até parecer mentira, mas infelizmente o diagnóstico definitivo dessa doença em vida ainda não é possível. Portanto, quando o neurologista pensa nesse diagnóstico, dizemos que é uma hipótese possível ou provável. Mas, então, como suspeitar da AAC?

Deve-se suspeitar de angiopatia amilóide cerebral em pacientes com mais de 55 anos de idade com múltiplas hemorragias lobares, a menos que haja outra causa óbvia para o sangramento. Embora a doença só possa ser diagnosticada com 100% de certeza por meio de uma autópsia do cérebro, a ressonância magnética auxilia na investigação.

Angiopatia amiloide cerebral tem cura?

Quando pensamos nesse diagnóstico e após tudo o que já foi explicado, a dúvida comum é se a angiopatia amiloide cerebral tem cura. Infelizmente, ainda não. Apesar disso, sabemos que devemos ter alguns cuidados, dentre eles:

  • Evitar o uso de anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários, como AAS, Varfarina (Marevan) entre outros;
  • Controle rigoroso da pressão arterial: embora a AAC não pareça ser causada pela hipertensão, manter a pressão arterial dentro dos limites normais é recomendável para evitar sangramento.
  • Estatinas: até o momento não existem estudos suficientes que recomendem ou proíbam o uso delas, como sinvastatina, atorvastatina ou rosuvastatina. 

Nesse texto explicamos para você o que é a AAC, diagnóstico e tratamento. Mostramos que a angiopatia amiloide cerebral não tem cura, porém existem alguns cuidados que devemos ter nesses casos. Ainda, explicamos que pode haver relação entre essa doenças e transtornos neurocognitivos, afetando a memória por exemplo. Reforçamos que, também devido a isso, é extremamente importante manter acompanhamento regular com um neurologista e investir na sua saúde.

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