Autismo tem cura?

Autismo tem cura? Explicamos para você!

Autismo tem cura? Essa é uma pergunta muito comum sobre a condição e a resposta mais curta seria: não, o autismo não tem cura. Entretanto, é preciso explicar melhor sobre o assunto para que você compreenda o significado disso. Quer saber mais? Então continue lendo!

O que é o autismo? Uma breve história.

O autismo é um complexo transtorno do neurodesenvolvimento, não uma doença. Sua história na medicina é considerada recente, sendo inicialmente melhor descrito em 1943 pelo psiquiatra austríaco Leo Kanner, quando publicou o trabalho “Os distúrbios autísticos de contato afetivo” no qual apresentou uma nova entidade — o autismo infantil precoce.

Desde então, o autismo sofreu várias reclassificações e, por se tratar de uma condição complexa, com um conjunto de sinais e sintomas extremamente variados, desde 2013 passou a ser denominado como “Transtorno do Espectro do Autismo” (TEA). Em 2018, o TEA também ganhou uma nova codificação pela 11ª versão da Classificação Internacional de Doenças, a CID-11, sob o código 6A02.

Para entender se o autismo tem cura, você vai precisar compreender o que sabemos até hoje sobre as causas do autismo. Foco no texto, que iremos te explicar a seguir!

O que causa o autismo? 

Para tentar entender se o autismo tem cura, precisamos, primeiro, compreender o que causa o TEA – e, aqui, o assunto é complexo. Embora nos últimos 40 anos os avanços na compreensão do autismo tenham sido consideráveis, o mais próximo de um consenso científico sobre sua causa que conseguimos chegar foi: ele deve ser genético.

O primeiro estudo com gêmeos autistas conduzido por Folstein e Rutter em 1977 mostrou que, claramente, há uma contribuição genética para o transtorno. Desde então, diversos estudos foram conduzidos, alguns apontando para uma herdabilidade superior a 90%. Ou seja, é extremamente provável que pais autistas possam ter filhos autistas, tornando o TEA uma das principais condições hereditárias existentes.

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Isso explica porque, atualmente, quando uma criança recebe o diagnóstico de TEA, o médico sugere que irmãos e pais também sejam investigados. Ainda, no caso de adultos e adolescentes no espectro, o aconselhamento genético pode ter um papel importante no futuro dessas famílias

Embora as principais linhas de pesquisa sejam genéticas e já tenham sido identificados mais de 1.000 genes que podem ajudar a entender o que causa o autismo, evidências convincentes sobre as bases fisiopatológicas do TEA ainda são insuficientes para o entendimento de sua causa. Por isso, vamos citar apenas algumas das principais hipóteses a seguir:

  • Anormalidades na região de comunicação entre os neurônios (anormalidades sinápticas);
  • Alterações nos circuitos corticais e subcorticais;
  • Disfunção no sistema serotoninérgico;
  • Anormalidades durante o desenvolvimento do tronco cerebral.

Autista também cresce

Como dissemos, a história do autismo começou como um distúrbio infantil e atualmente é melhor definido como um transtorno do neurodesenvolvimento. Essa concepção de que o TEA predomina em crianças ainda está enraizada na sociedade; no entanto, se o autismo não tem cura, o que acontece quando esses pequenos crescem? 

Pode até parecer óbvio, mas durante décadas esquecemos que autistas também crescem e continuam sendo autistas. Todavia, quando o diagnóstico é precoce e essas crianças recebem o tratamento adequado, as chances de sucesso e independência na vida adulta são extremamente significativas

Já o diagnóstico tardio, embora libertador para essas pessoas na medida que permite “nomear” e entender melhor anos de acontecimentos e vivências diferentes do socialmente esperado, também significa falta de acompanhamento e tratamentos adequados até então. Agora, precisarão de suporte adequado para seguir a jornada.

Afinal, autismo tem cura?

Autismo tem cura? Neste artigo, explicamos para você que o autismo não tem cura – afinal, não se trata de uma doença, mas de uma condição do neurodesenvolvimento. Assim, a verdadeira “cura” consiste em receber o apoio e tratamentos adequados, por meio de um acompanhamento multidisciplinar e respeito à neurodiversidade de cada um.

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