Prevenção da depressão e doenças neurológicas: entenda como elas se relacionam

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prevenção da depressão

Cuidar da própria saúde, seja mental ou física, é fundamental para ter mais qualidade de vida no dia a dia e evitar diversas complicações no organismo. E é por isso que a prevenção da depressão tem sido um tema cada vez mais recorrente quando o assunto é bem-estar.

Isso acontece porque, além de fazer com que um paciente se sinta desmotivado para realizar as suas atividades cotidianas e ainda interferir em diversas áreas de sua vida, a depressão também pode se relacionar com algumas doenças neurológicas. Sendo assim, zelar pela saúde mental vai além do bem-estar psicológico e emocional.

Neste post, vamos alertar sobre a necessidade de prevenção e tratamento de doenças emocionais como a depressão, assim como explicaremos o impacto que esses transtornos têm no sistema nervoso. Acompanhe e saiba mais!

Qual a importância da prevenção da depressão?

A depressão é uma alteração no comportamento emocional padrão de uma pessoa. Essas mudanças se relacionam com sinais como pouca disposição, apatia, desesperança, falta de interesse em atividades que antes eram prazerosas (anedonia), tristeza, fadiga, irritabilidade, entre outros pontos.

Esse estado passa a ser patológico quando ele perdura mais de duas semanas, por exemplo. Além do mais, o transtorno pode ter origem externa ou interna, isto é, ambiental, genética ou biológica. Alguns dos diversos fatores de risco são: 

  • histórico familiar — alguns tipos de depressão apresentam traços ou vulnerabilidade de caráter genético;
  • incidente de grande impacto na vida de um indivíduo — como morte de um familiar, eventos traumáticos, dificuldade financeira, problemas de relacionamento, entre vários outros;
  • estresse excessivo e frequente;
  • doenças crônicas — problemas da tireóide, câncer, obesidade, entre outras.

Ademais, a ansiedade é outro grande fator de risco para a depressão. Inclusive, é comum que ambas as doenças atuem concomitantemente em diversos quadros de pacientes. A ansiedade nada mais é que um tipo de emoção muito importante para os mecanismos de defesa do próprio corpo. No entanto, quando os seus níveis são muito baixos ou altos, ela pode trazer sérias consequências ao bem-estar do indivíduo, conduzindo ou agravando casos de depressão.

Como vimos, a depressão pode ter caráter biológico, ou seja, ela é capaz de ser desencadeada por alguma disfunção do organismo. Um caso muito comum é em relação ao papel dual da serotonina, um neurotransmissor que atua em diversas regiões do encéfalo e tem função importante na regulação do humor.

No entanto, quando os seus níveis caem na região do hipocampo, evento geralmente causado por estresse agudo ou crônico, o paciente tem mais suscetibilidade de sofrer com sintomas de depressão. Já quando a concentração de serotonina ultrapassa o padrão na amígdala, a pessoa pode desenvolver algum transtorno de ansiedade.

Sendo assim, é possível perceber que nem sempre essas doenças têm origem em algum fator do ambiente. Contudo, a rotina e o estado emocional de uma pessoa interferem diretamente em sua saúde mental, especialmente nos dias atuais, em que os estímulos estressantes são cada vez mais intensos.

Por essa razão, para prevenir a depressão, é importante prezar pelo cultivo de hábitos mais saudáveis no dia a dia, como:

  • alimentação saudável;
  • prática regular de exercícios físicos — isso intensifica a atividade metabólica e ajuda a produzir hormônios importantes para a regulação do humor e sensação de bem-estar, como a serotonina e a dopamina;
  • rotina flexível para atividades de lazer — separar um tempo no seu dia para dar atenção a si mesmo é de grande importância;
  • acompanhamento psicológico — a psicoterapia tem uma grande influência no tratamento e prevenção da depressão;
  • evitar atividades estressantes e ambientes ou situações que prejudicam o seu emocional.

Como a depressão se relaciona com as doenças neurológicas?

A depressão, por ter traços químicos e biológicos, também é capaz de interferir no funcionamento do Sistema Nervoso, o que resulta em doenças neurológicas. A seguir, entenda como ocorrem algumas delas.

Comprometimento Cognitivo Leve

A depressão causa alterações na oferta de hormônios como a dopamina e serotonina que, além de realizarem a manutenção do humor, contribuem para o foco, memória e indiretamente para a regulação do sono.

Por conta disso, a doença afeta também a cognição, ainda que de forma leve. Desse modo, processos como memorização de conteúdo, flexibilidade cognitiva, evocação (lembrar-se de algum acontecimento, palavra ou afins) se tornam mais lentos em alguns casos depressivos.

Demência

Estudos realizados pelo Centre for Addiction and Mental Health (CAMH) inferem que pacientes que apresentam um longo quadro de depressão crônica (aproximadamente mais de 10 anos) podem apresentar inflamações em algumas regiões corticais que, futuramente, são capazes de gerar quadros de doenças degenerativas, como demência e Alzheimer.

Doença de Parkinson

Como visto, doenças crônicas podem acarretar a depressão. Entretanto, o contrário também pode acontecer. Tomando o exemplo da Doença de Parkinson, que se trata de um distúrbio que atinge áreas encefálicas e compromete o controle motor, pessoas que sofrem desse transtorno podem se sentir mais tristes e apresentar diversos sintomas depressivos por conta desse fator.

Contudo, a depressão aguda também pode ter um forte e negativo impacto neurológico. Existe uma teoria, chamada Hipótese Monoaminérgica da Depressão, que indica como ela altera os níveis de neurotransmissores compostos por monoaminas, como é o caso da serotonina e da noradrenalina, em algumas regiões do encéfalo.

Como consequência, quando esse quadro perdura, em alguns casos, ele favorece a morte neuronal devido à intoxicação das regiões cinzentas próximas àquelas afetadas pelo acúmulo ou falta de neurotransmissores. Essas áreas são onde ficam o corpo celular de um neurônio, portanto, quando são prejudicadas, acabam inativando parte da atividade neuronal.

Pessoas que têm predisposição genética à Doença de Parkinson são mais afetadas, o que aumenta as chances de desenvolver esse distúrbio neurológico. Além disso, algo semelhante pode acontecer quando se trata da epilepsia e do acidente vascular encefálico, porém, em regiões diferentes do sistema nervoso.

Como um neurologista pode ajudar na prevenção da depressão e no seu tratamento?

A princípio, é muito importante ressaltar que o profissional responsável por providenciar o tratamento e realizar o acompanhamento psicossocial da depressão é o psiquiatra. Essa é uma especialidade voltada para o comportamento humano, relacionando o biológico e psicológico, e capaz de orientar as medicações e terapias mais adequadas.

No entanto, como a depressão pode atuar de diversas maneiras no sistema nervoso, o neurologista também pode contribuir para a manutenção da saúde mental e qualidade de vida de um indivíduo. Isso é de grande necessidade quando doenças neurológicas surgem ou são agravadas com a presença de um quadro depressivo.

Desse modo, ambos os profissionais trabalham em conjunto para o tratamento dos problemas e efeitos causados na saúde do paciente, assim como contribuem para a prevenção da depressão. Com o tratamento adequado, dependendo de cada caso, as chances são altas de uma pessoa recuperar o seu bem-estar, ter boa parte dos sintomas minimizados, evitar complicações mais sérias e voltar a fazer as suas atividades com prazer.

Gostou deste post? Tem interesse em saber mais sobre este tema? Então, não deixe de entrar em contato conosco para que possamos tirar todas as suas dúvidas e trazer mais informações de cuidados com a saúde e bem-estar.

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